As forças navais russas lançam mísseis de cruzeiro em território ucraniano para apoiar as operações militares de Moscou na região leste de Donbass e em torno das cidades de Mariupol e Mikolaiv, de acordo com o Ministério da Defesa britânico.
Em um relatório no sábado, as autoridades britânicas disseram que as forças aéreas russas devem aumentar sua atividade no sul e leste da Ucrânia para fortalecer ainda mais esta operação.
Essas ações surgem como tentativas de estabelecer um corredor terrestre entre a Crimeia, uma península que a Rússia anexou em 2014, e áreas controladas por Moscou no Donbass, “continuam frustradas pela resistência ucraniana”, acrescentou o ministério.
As autoridades britânicas também destacaram no relatório que a Rússia continua a atacar não combatentes, como as vítimas de um míssil que caiu na estação ferroviária de Kramatorsk na sexta-feira.
Por sua vez, a emissora britânica BBC informou que a Rússia reorganizou a liderança militar que administra operações na Ucrânia. para tentar melhorar a coordenação de suas unidades no solo. De acordo com uma fonte ocidental na estação, o Kremlin designou o general Alexander Dvornikov, com experiência anterior na Síria, como o primeiro elo da cadeia de comando a liderar a invasão.
Até agora, o exército russo manteve vários grupos operacionais com comandantes independentes e, 44 dias após o início dos ataques na Ucrânia, não conseguiu atingir seus objetivos ou tomar grandes cidades como Kiev.
O presidente russo, Vladimir Putin, pode colocar certos “imperativos políticos” à frente de outras “prioridades militares” ao decidir seus próximos passos, diz a BBC. Moscou está tentando acelerar a consecução de metas para alcançar “algum tipo de sucesso” antes de 9 de maio, quando a Rússia comemora a vitória na Segunda Guerra Mundial.
Nos últimos dias, as tropas russas se retiraram das proximidades de Kiev e de outras partes da Ucrânia para concentrar seus esforços em uma ofensiva na região de Donbass, no leste do país.
(Com informações da AP e EFE)
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