Keiko Fujimori: Promotor denuncia roubo de laptop com informações sobre o caso Cocktails

O Ministério Público alertou que seria feita uma tentativa de obstruir as investigações da Força-Tarefa Lava Jato relativas a crimes de corrupção envolvendo funcionários e a empresa Odebrecht.

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A procuradora adjunta de José Domingo Pérez, Paulina Roque Soplapuco, informou que seu laptop foi roubado com informações valiosas para o Caso Cocktails, um processo criminal no qual ela está envolvido Keiko Fujimori, por lavagem de dinheiro, e outros personagens da liderança da Força Popular.

De acordo com o depoimento de Roque Sopapuco à Polícia Nacional Peruana, ela chegou em sua casa em San Borja e encontrou a porta de seu apartamento forçada a partir do exterior. Ao entrar e inspecionar o local, ele percebeu que seus objetos de valor ou dinheiro não foram levados, mas apenas sua ferramenta de trabalho, de propriedade do Ministério Público.

“No meu caso e Dr. Pérez, nos dedicamos à caixa Cocktails, da Sra. Keiko Fujimori e Fuerza Popular. O dispositivo continha todas as informações sobre esse estojo. As circunstâncias em que o laptop foi roubado são altamente questionáveis porque eles só pegaram o dispositivo quando havia outros dispositivos valiosos no departamento. (...) Essa informação poderia ser de interesse se chegasse à parte adversa”, disse o promotor adjunto do La República.

Paulina Roque Soplapuco esclareceu que as informações no laptop não são perdidas, já que ela garantiu, por cautela, as informações do aparelho em outros discos rígidos. Sua preocupação é que “o laptop com informações confidenciais caia em mãos erradas ou seja entendido de forma negativa”.

Além disso, ele observou que o aparato também havia sido usado por outro procurador-adjunto, que estava envolvido na investigação da Westfield Capital contra o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski.

Membros da delegacia de polícia de San Borja, ao chegar à casa do procurador-adjunto, encontraram oito impressões digitais, que pertenceriam aos criminosos. Além disso, concluíram que apenas a porta do apartamento de Roque Sopapuco foi violada, já que não houve luta na entrada principal do prédio de 4 andares onde ele mora.

“O Dr. Domingo Pérez e eu comunicamos ao promotor sênior Rafael Vela sobre o evento. E sugerimos que o Gabinete do Procurador da Nação forneça medidas apropriadas ao pessoal de precaução e garanta de alguma forma o tratamento da informação (...) Isso me dá um pouco de medo em mim mesmo depois do que aconteceu, me sinto mais protegido dentro da entidade do que fora dela. Esperamos que a instituição possa tomar as medidas adequadas e nos dar mais proteção”, disse Roque.

O GABINETE DO PROMOTOR DECLARA

Por meio das redes sociais, a Procuradoria-Geral da República informou que tomou conhecimento do roubo do laptop atribuído à promotora Paulina Roque Soplapuco, adjunta do promotor provincial em exercício José Domingo Pérez.

“Devido às provas e provas do roubo, alerta cidadãos e autoridades de que seria um evento que tentaria obstruir as investigações da Equipe Especial da Lava Jato ligadas a crimes de corrupção de funcionários e da empresa Odebrecht”, lê-se em seu tuíte.

Também informou que o Ministério Público está gerenciando as ações correspondentes para garantir a segurança do promotor e as investigações pelas quais ela é responsável.

“Isso se soma ao fato de 08.06.2021 relatado pelo promotor Walter Edgardo Villanueva, pelo roubo em sua casa - onde é atribuído equipamento para suas investigações -, comunicado na carta oficial nº 1342-2021-FSCEE-MP-FN pelo promotor coordenador da Equipe Especial, Rafael Vela,” a declaração conclui.

Infobae

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