Ivan Duque diz que a Colômbia não tem relação com a Rússia após a invasão da Ucrânia

O presidente dos colombianos apelou ao governo de Vladimir Putin para cometer “atrocidades” contra o povo ucraniano, razão pela qual, para ele, “não pode haver relações até que essa censura cesse”

Colombia's President Ivan Duque speaks during an interview with Reuters in Bogota, Colombia October 16, 2020. Picture taken October 16, 2020. REUTERS/Luisa Gonzalez

O presidente Ivan Duque garantiu nas últimas horas que não há relação entre a Colômbia e a Rússia. Em entrevista ao jornal de Cartagena El Universal, ele destacou que o país não planeja ter uma relação diplomática com a Rússia em meio à situação que tem com a Ucrânia.

Além de notar que seu governo não está interessado em interagir com o de seu homólogo Vladimir Putin, ele deixou claro que em um futuro próximo também não vê nenhuma chance de dialogar com aquele país, porque, segundo ele, cometeu um “genocídio” contra o povo da Ucrânia.

O presidente dos colombianos referiu-se ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, observando as atrocidades a que os ucranianos foram submetidos pelas forças armadas de seu país vizinho. “O que estamos vendo aqui é genocídio, um crime contra a humanidade, uma reprovação total. Então, qual relacionamento? Nenhuma. Como o mundo pode ter um relacionamento enquanto isso está acontecendo? ”, disse ao jornal regional.

Segundo dados divulgados na sexta-feira, 7 de abril, pela Organização das Nações Unidas (ONU), em meio aos combates travados entre os países do continente europeu, pelo menos 1.626 civis foram mortos e mais 2.267 ficaram feridos. Deve-se notar que a organização internacional menciona um número que conseguiu verificar, mas as autoridades ucranianas apontaram que o número de civis mortos é maior.

Os ataques russos que deixam dezenas de mortos todos os dias, segundo o presidente colombiano, foram evidentes para a comunidade internacional:

O mais recente ataque russo, segundo a imprensa internacional, ocorreu na sexta-feira, 7 de abril, numa estação ferroviária na cidade de Kramatorsk, na Ucrânia, onde as autoridades locais reportaram um registo de pelo menos 50 mortos, incluindo quatro crianças, e mais de 100 feridos. “Mais de 30 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas após um incêndio de foguete na estação (...) Este é um ataque deliberado”, disse Oleksander Kamyshin, chefe da companhia ferroviária ucraniana Ukrzaliznytsia, no Telegram. Momentos depois, os serviços de resgate informaram que houve pelo menos 50 mortes.

O presidente colombiano insistiu, no meio da entrevista com Nicolás Pareja Bermudez, diretor do meio de comunicação de Cartagena, que a Colômbia é um país que respeita a soberania, os direitos humanos e, portanto, manifestou apoio ao presidente ucraniano Volodimir Zelensky. “Defendemos a integridade do território da Ucrânia, como fez a Colômbia em 2014, quando apoiou a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, e também somos um país que defende não só essa soberania e integridade, mas que defende os direitos humanos e os valores que são uma parte essencial do mundo ordem”, assegurou.

Por fim, Ivan Duque se referiu às comunicações telefônicas que mantém com o presidente da Ucrânia desde 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou sua 'operação militar' naquele país. “Continuaremos a apoiar o seu país, Sr. Presidente. Continuaremos a apoiar sua soberania, a integridade do território e também apoiar seu povo. Você tem sido um grande líder e seus cidadãos são corajosos”, disse Duke a Zelensky.

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