O presidente Ivan Duque garantiu nas últimas horas que não há relação entre a Colômbia e a Rússia. Em entrevista ao jornal de Cartagena El Universal, ele destacou que o país não planeja ter uma relação diplomática com a Rússia em meio à situação que tem com a Ucrânia.
Além de notar que seu governo não está interessado em interagir com o de seu homólogo Vladimir Putin, ele deixou claro que em um futuro próximo também não vê nenhuma chance de dialogar com aquele país, porque, segundo ele, cometeu um “genocídio” contra o povo da Ucrânia.
O presidente dos colombianos referiu-se ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, observando as atrocidades a que os ucranianos foram submetidos pelas forças armadas de seu país vizinho. “O que estamos vendo aqui é genocídio, um crime contra a humanidade, uma reprovação total. Então, qual relacionamento? Nenhuma. Como o mundo pode ter um relacionamento enquanto isso está acontecendo? ”, disse ao jornal regional.
Segundo dados divulgados na sexta-feira, 7 de abril, pela Organização das Nações Unidas (ONU), em meio aos combates travados entre os países do continente europeu, pelo menos 1.626 civis foram mortos e mais 2.267 ficaram feridos. Deve-se notar que a organização internacional menciona um número que conseguiu verificar, mas as autoridades ucranianas apontaram que o número de civis mortos é maior.
Os ataques russos que deixam dezenas de mortos todos os dias, segundo o presidente colombiano, foram evidentes para a comunidade internacional:
O mais recente ataque russo, segundo a imprensa internacional, ocorreu na sexta-feira, 7 de abril, numa estação ferroviária na cidade de Kramatorsk, na Ucrânia, onde as autoridades locais reportaram um registo de pelo menos 50 mortos, incluindo quatro crianças, e mais de 100 feridos. “Mais de 30 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas após um incêndio de foguete na estação (...) Este é um ataque deliberado”, disse Oleksander Kamyshin, chefe da companhia ferroviária ucraniana Ukrzaliznytsia, no Telegram. Momentos depois, os serviços de resgate informaram que houve pelo menos 50 mortes.
O presidente colombiano insistiu, no meio da entrevista com Nicolás Pareja Bermudez, diretor do meio de comunicação de Cartagena, que a Colômbia é um país que respeita a soberania, os direitos humanos e, portanto, manifestou apoio ao presidente ucraniano Volodimir Zelensky. “Defendemos a integridade do território da Ucrânia, como fez a Colômbia em 2014, quando apoiou a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, e também somos um país que defende não só essa soberania e integridade, mas que defende os direitos humanos e os valores que são uma parte essencial do mundo ordem”, assegurou.
Por fim, Ivan Duque se referiu às comunicações telefônicas que mantém com o presidente da Ucrânia desde 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou sua 'operação militar' naquele país. “Continuaremos a apoiar o seu país, Sr. Presidente. Continuaremos a apoiar sua soberania, a integridade do território e também apoiar seu povo. Você tem sido um grande líder e seus cidadãos são corajosos”, disse Duke a Zelensky.
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