Nas últimas horas, a Marinha da Colômbia, em operações conjuntas com o Exército Nacional e em coordenação com o Corpo Técnico de Investigação (CTI) da Procuradoria Geral da República, conseguiu apreender seis dragas no rio Cauca, no estado de Antioquia.
A operação foi realizada no município de Cáucaso, no rio Cauca, onde 12 indivíduos foram capturados em flagrante, que foram apreendidos seis dragas de sucção do tipo mergulhador, que foram usadas para mineração ilegal nesta área do departamento.
Os sujeitos, que não apresentaram a documentação legal das dragas, nem as licenças para realizar a mineração, foram transferidos para as instalações do CTI no município de Caucasia, para a acusação do crime de exploração ilegal de depósitos de mineração e outros minerais, de acordo com o disposições do artigo nº 388 do código penal colombiano.
Em 28 de março, também no âmbito do plano Artemis, 12 dragas usadas em atividades ilegais de mineração foram removidas e dois cidadãos brasileiros foram capturados em uma operação conjunta da Marinha Nacional, do Exército e da Polícia, e em coordenação com a Procuradoria-Geral da República, o Ministério de Meio Ambiente e Parques Nacionais na área de fronteira com o Brasil.
A operação ocorreu em Puerto Franco, no Parque Nacional Puré, onde o ministro da Defesa, Diego Molano, indicou que as máquinas e os detidos estavam envolvidos na mineração ilegal de ouro, “em um setor de propriedade dos colombianos e do patrimônio deste país”.
Além disso, o funcionário lembrou que no ano passado foi possível determinar, em um Conselho de Segurança, que “havia uma ameaça contra este Parque Natural Purê pela exploração de mineração ilegal na Colômbia com dragas que vêm subindo do Brasil ao longo do rio e ameaçando a poluição deste afluente.”
Vale lembrar que no dia 12 de março, a Superintendência de Transportes, após realizar visitas de inspeção à área e receber informações, mostrou que existem situações na Rota Nacional de Yarumal que ameaçam a preservação da infraestrutura e que afetam a segurança viária dos usuários, como a deterioração da encosta adjacente devido à mineração ilegal, ausência de sinalização e estacionamento na pista de veículos usados para a transferência de material extraído irregularmente, entre outros.
O Superintendente de Transportes, Wilmer Arley Salazar Arias, disse na época que “neste caso, é evidente como a mineração ilegal ameaça a conservação da infraestrutura de transporte, a segurança da operação de transporte e a integridade dos usuários, considerando que esta atividade está sendo realizada no declive de terreno alto adjacente à estrada, o que também causa danos ambientais”.
Esta é a primeira vez que tais medidas de emergência são ordenadas devido a um caso como este, uma vez que a mineração perto das estradas causa perigo iminente e afeta a continuidade da prestação do serviço de transporte, impactando a flora e a fauna, bem como a infraestrutura rodoviária devido à queda de material, o que gerar possíveis fechamentos que afetariam a economia da região e do país.
O superintendente também observou que, “é importante destacar que um colapso poderia ocorrer nesta área com o consequente fechamento dessa importante rota, com sérios efeitos na mobilização de produtos alimentícios, criando um impacto econômico preocupante”.
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