O ex-presidente do México, Vicente Fox Quesada, questionou as decisões econômicas que foram tomadas na administração do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO).
E é que nos últimos dias foi anunciado um aumento nos preços da cesta básica no país, então o ex-presidente culpou o Tabasqueño e garantiu que desde que assumiu o cargo “as coisas pioraram” no país.
Ele também destacou que as medidas propostas pelo governo federal terão impacto na esfera social, por isso instou López Obrador a agir antes que seu tempo se esgote.
“Os aumentos nos alimentos têm um alto custo social e afetam as expectativas: Minuta Banxico. Para nos esclarecer, tome medidas drásticas a esse respeito! Diga a Lopez que o tempo está se esgotando e as coisas só pioraram!” , escreveu nesta quinta-feira, 7 de abril.
A mensagem do ex-presidente apareceu três dias depois de ser anunciado um possível limite nos preços dos produtos básicos da cesta, a fim de controlar a inflação.
E é que na conferência da manhã de 4 de abril, o chefe do Executivo Federal informou que toda a sua equipe está trabalhando em um plano para conter os preços e, assim, ajudar os cidadãos mexicanos.
Ele indicou que, como acontece com outros produtos - como gás, gasolina, para citar alguns - existe a possibilidade de um limite máximo de preço.
“Se necessário, primeiro, a produção, mas se vemos que as margens... o que acontece com a gasolina, você percebe (...) para dar um exemplo, no caso do gás subiu e foi definido para definir preços máximos e isso nos ajudou a controlar”, disse.
Enquanto isso, esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) anunciou que a taxa de inflação no país subiu para 7,45%, o nível mais alto já registrado em 2001 -quando a Fox governou-.
Segundo o instituto, esse aumento se refletirá nos custos de energia, alimentos e produtos agrícolas.
“Em março, a inflação no México ficou a uma taxa anual de 7,45%, um nível não visto desde janeiro de 2001, superando moderadamente as expectativas e confirmando que as pressões inflacionárias continuam”, explicou Gabriela Siller, diretora de análise econômica do Banco Base.
Também foi detalhado que a taxa mensal ficou em 0,99%, sendo o recorde mais alto desde 1998, quando ficou em 1,17%.
Além disso, acrescentou-se que, no caso da cesta básica, o aumento se refletirá no preço do ovo, abacate, cebola, tomate. Bem como em serviços de eletricidade, serviços turísticos de pacotes e transporte aéreo.
No entanto, o Inegi não foi a única instituição que impediu tal ação econômica, pois o Grupo Consultivo de Mercados Agrícolas (GCMA) indicou que houve um aumento de 13,1% nos preços em relação ao primeiro mês deste ano.
Com ênfase especial no fato de que o maior aumento ocorreu nos produtos de proteína animal, onde se destacam frango, ovo, bem como carne bovina e suína.
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