O Supremo Tribunal de Justiça da Nação (SCJN) declarou constitucional a Lei da Indústria de Eletricidade, que foi promovida pela Presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO), a fim de dar prioridade à Comissão Federal de Eletricidade (CFE) para o envio de energia.
Este projeto foi externado pela ministra Loretta Ortiz Ahlf. O Plenário da Corte foi dividido com quatro posições a favor, enquanto sete ministros decidiram por inconstitucionalidade; no entanto, foram necessários oito votos para esse fim.
O projeto de Loretta Ortiz foi acompanhado por Yasmín Esquivel, Alfredo Gutiérrez Ortiz Mena e o próprio Arturo Zaldívar, que não obtiveram votos suficientes para declarar a inconstitucionalidade da Lei da Indústria Elétrica, portanto a “livre concorrência” permanecerá no mercado mexicano.
Depois que esse resultado foi anunciado, vários personagens expressaram sua posição a esse respeito. Um deles foi o polêmico deputado pelo Partido Trabalhista (PT), Gerardo Fernández Noroña, que aproveitou sua conta no Twitter para enviar uma mensagem.
Ele garantiu que não compartilha da celebração da decisão, uma vez que os quatro ministros “corajosos” que votaram e confrontaram uma “gangue de canalhas”, que privilegiaram empresas privadas no despacho de energia dentro do território nacional.
“Francamente, não compartilho da percepção daqueles que celebram a decisão do @SCJN. Quatro homens corajosos na frente de uma gangue de canalhas. Esse é o resultado da votação adiada para permitir maior lobby de empresas privadas estrangeiras. Onde diz lobby, ler comprar”, escreveu o petista em sua conta oficial no Twitter.
Os usuários responderam imediatamente, observando que os ministros que votaram contra não eram “corajosos”, mas “traidores” do país por procurarem monopolizar o setor elétrico no México com o CFE.
Além disso, lembraram que a coalizão de oposição Va X México, composta por PRI, PAN, PRD, já havia planejado um boicote para não dar votos a favor, além de uma contra-reforma de 12 pontos que, entre as mais polêmicas, inclui benefícios para empresas privadas despacharem energia.
“Graças a Deus que a resolução não se deve à democracia direta, mesmo no congresso não vai acontecer eles precisarem do PRI PAN e do PRD para aprová-la, e já anunciaram que votarão contra”, lê-se nos comentários.
Fernández Noroña não apenas tocou no assunto com este tweet, mas também aproveitou a oportunidade para atacar alguns membros do Partido de Ação Nacional (PAN) que comemoraram a decisão do SCJN e criticaram López Obrador e Claudia Sheinbaum.
O primeiro a responder foi o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Santiago Creel, que comemorou a inconstitucionalidade da proposta de AMLO e foi dito enquanto aguardava as próximas resoluções com os juízes distritais e tribunais colegiados.
“Sua afirmação é imprecisa. Eles decidiram por uma chingadera, mas não que fosse inconstitucional”, exclamou Noroña a pedido de Creel a todos os mexicanos. “Vamos continuar lutando juntos pelo México. Na próxima terça-feira, a AMLO sofrerá mais uma derrota quando sua reforma constitucional não for aprovada e seu esquema elétrico irá para a cesta de lixo”.
Margarita Zavala foi sua segunda vítima, pois criticou o chefe de governo da Cidade do México por não entender o voto, como Sheinbaum Pardo saudou a decisão de inconstitucionalidade, quando não era esse o caso.
“Você não entendeu o que foi votado. Na verdade, não foi declarado constitucional. Faltou um voto para que nenhum amparo precisasse ser arquivado para se defender contra esse lixo da lei. De fato, a maioria disse que era inconstitucional. Pergunte aos 4 ministros em questão”, escreveu a esposa do ex-presidente Felipe Calderón.
Diante desse comentário, a petista, primeiro, criticou a grafia do legislador azul e branco e depois afirmou que ela também havia se enganado, porque “ela não se declarou inconstitucional. O bodrio dos deputados são aqueles que apoiam @iberdrola”, disse.
CONTINUE LENDO