O líder da Renovación Popular, Rafael López Aliaga, distanciou-se do que foi dito pelo porta-voz de sua bancada no Congresso da República, Jorge Montoya, que disseram em 5 de abril que tinham informações de que planejavam “descer das colinas” para saquear Lima, em relação com o toque de recolher imposto pelo governo Pedro Castillo.
“A medida é muito dura, muito drástica e foi porque a informação que está disponível, a menos que tenha chegado aos meus ouvidos, é que hoje eles estavam planejando saquear Lima, descer das colinas para saquear a cidade, não só aqui, mas em diferentes partes do país, mas a capital é um lugar emblemático e deve ser protegido”, comentou o legislador à mídia de fora do Palácio Legislativo.
A esse respeito, López Aliaga esclareceu que essa era a opinião do próprio Montoya e não a do partido celestial. Ele também disse que questionou o almirante sobre os supostos relatórios de inteligência que havia recebido, no entanto, suas respostas não o convenceram.
“Não houve reunião de bancada, esta foi uma opinião pessoal do Sr. Jorge Montoya. Já falei com ele e perguntei sobre o relatório de inteligência, ele me respondeu muito vagamente”, disse na RPP.
“Se tivesse havido pessoas fazendo tumultos e saques, a polícia de inteligência teria uma coletiva de imprensa hoje anunciando que capturaram três, quatro grupos que iriam fazer um rebuliço espetacular”, continuou.
Sobre a imobilização social de 5 de abril, o ex-candidato presidencial criticou o Executivo por ir contra a Constituição ao violar a livre circulação e o direito de trabalhar sem um meio de vida real.
“Colocar um dia ao capricho de Castillo e de todo o seu povo, um dia de paralisação de 10 milhões de pessoas sem apoio técnico ou jurídico, é ir contra a Constituição peruana, o livre trânsito, o direito ao trabalho, a liberdade de movimento”, disse.
“Não houve uma única captura do suposto relatório de inteligência. É por isso que peço explicações ao Almirante Montoya e Castillo, peço a eles como parte da Renovação Popular. Não vejo nenhuma ação de inteligência que se materialize na captura dos supostos grupos violentos”, acrescentou.
Por fim, ele pediu desculpas pelas declarações de seu congressista. “Peço desculpas ao povo de Lima por essa frase injusta sobre as colinas caindo. Nas colinas vivem as pessoas mais dignas, decentes e trabalhadoras, que tiram o máximo proveito da largura, as que mais sofrem em nosso país. Temos um trabalho social muito intenso”, concluiu.
JORGE MONTOYA É PRONUNCIADO
Depois de receber milhares de críticas por se referir de forma depreciativa a um setor da população de Lima, Jorge Montoya usou suas redes sociais para pedir a seus seguidores que “não se deixem levar por alguma interpretação errada em minhas declarações, estou do seu lado e devo isso a você”.
“Seria mais do que imprudente explicar a dimensão real da minha estratégia de combater o comunismo”, termina sua mensagem. Após sua publicação, recebeu ainda mais ataques de usuários no Twitter por não fazerem um mea culpa sobre suas declarações e apenas se justificarem com uma interpretação errada.
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