A incerteza sobre o mandato de certos ministros no gabinete não foi o único atrito relatado desde o Executivo. Na sequência das declarações do Primeiro-Ministro Aníbal Torres sobre o trabalho e a formação do Polícia Nacional Peruana (PNP), o ministro do Interior disse discordar do que foi dito. Alfonso Chávarry, com sinais claros de discordância, optou por destacar o trabalho do verde agentes, inclusive destacando o trabalho registrado durante as manifestações mais recentes.
“Nossa Polícia, devemos admitir, não existe o suficiente”, disse o Premier Torres, referindo-se ao baixo número de policiais em comparação com a população total de nosso país. “Eu só dou um exemplo, eles viram, pela mídia aqui e no exterior, que sete policiais não podem prender uma pessoa”, acrescentou Aníbal Torres ao seu comentário sobre a atuação do PNP durante manifestações impulsionadas pelo aumento dos preços de vários produtos.
À noite, quando consultado pela imprensa, o ministro do Interior, Alfonso Chávarry, respondeu sem problemas aos comentários do chefe da presidência do Conselho de Ministros. “Eu não concordo com isso. Eu não concordo. No Perú há democracia e todos falam o que pensam e eu vou dizer que não concordo com essa posição porque conheço a Polícia Nacional em segundo plano. É uma instituição histórica com grandes profissionais e homens, uma instituição que em um momento em que o Perú a salvou”, disse no início de seu discurso.
Chávarry chegou a chamar o PNP de um dos melhores da América do Sul “porque tem uma qualidade humana, podemos não ter a logística que outros policiais têm internacionalmente, mas temos coragem, temos um coração”, disse ele sobre a instituição que é lembrada por seus feitos heróicos, mas também por sua questionado para agir contra o público.
MENSAGEM PARA O PNP
As declarações de Aníbal Torres tornaram visível um possível atrito entre os membros do Conselho de Ministros. Alfonso Chávarry insistiu nas conquistas do NPP e pediu aos seus membros que “aumentassem o moral”. “Quero dizer que nossa polícia é uma das melhores e para vocês policiais, aumentem o moral. Você é bom, tem muita coragem, é abençoado por Deus porque seu trabalho é de serviço à sociedade, de dedicação. A polícia que temos no Perú está bem preparada, certifico porque sei disso. Tenho operado com a polícia, eu o conheço de baixo, então eles não podem dizer que nossa polícia não está bem preparada”, acrescentou.
Sobre a atitude do PNP durante o protesto registrado no centro histórico de Lima em 5 de abril, descreveu-o como profissional e garantiu que “não houve dissolução”, evitando assim “custos sociais”. No entanto, Chávarry também foi criticado dias atrás por ter minimizado o número de mortes durante os protestos registrados em Junín no último fim de semana.
Em várias ocasiões, o ministro ressaltou que estes não foram provocados pelo PNP; portanto, o Ministério Público lançou investigações para esclarecer a morte de três cidadãos, incluindo uma criança de treze anos cujo corpo foi encontrado em um rio. “Quando a onda de protestos ocorreu, houve manifestantes que protestaram pacificamente dentro e ao redor da cidade, a polícia lidou com isso com muita sabedoria para evitar um custo social”, foram as palavras do ministro após o anúncio da morte.
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