Gerardo Fernández Noroña, deputado federal do Partido Trabalhista (PT), respondeu ao ex-procurador-geral da a República, Ignacio R. Morales Lettuce, que ironizou com a situação que ele está enfrentando após o pedido de retirada de seu visto para entrar nos Estados Unidos.
Através de sua conta no Twitter, o legislador da Quarta Transformação apontou que eu não tinha medo das ações que o governo dos EUA poderia tomar porque ele “não é um brinquedo” de ninguém, ao contrário, supostamente, do embaixador mexicano na França (1993-1995).
“Nunca fui intimidado pelo tipo de represálias e interferências malucas que você comemora. Como você está acostumado a ser um brinquedo do governo. Você acha que todos trabalhamos da mesma forma, sendo tristes e infelizes”, escreveu nesta quarta-feira, 6 de abril.
Ele também destacou que as viagens que fez aos Estados Unidos foram de lados diferentes, já que ele disse que em 2017 frequentou Nova York, a Trump Tower, com tudo e o risco de seu visto ser retirado, conforme exigido por lei, para protestar contra as declarações contra o México emitidas pelo empresário.
No entanto, ele ressaltou que esse ato e viagem ocorreram quando ele não estava assumindo nenhum cargo político, então ele estava presente como outro cidadão mexicano, porque ele não tinha nenhum apoio político para qualquer problema que pudesse surgir.
As palavras da polêmica Noroña foram em resposta ao tweet emitido pelo ex-reitor da Escola Livre de Direito, Morales Lechuga, que disse que o petista perderá as viagens que fez a Las Vegas, Nevada, quando o cancelamento do visto for aprovado.
Diante de tanta ironia, o ex-procurador recomendou que o deputado mudasse melhor a bússola de seus destinos, porque, segundo a ideologia política, poderia passar férias em nações como Nicarágua, Cuba ou Venezuela, às quais expressou seu apoio, apesar das críticas dos governos que essas nações têm.
“Fernández Noroña perderá suas viagens (para) Las Vegas se seu visto for cancelado, mas ele pode ir à Nicarágua, Cuba ou Venezuela, para aproveitar esses 'paraísos'”, escreveu.
Em 23 de março, o Grupo de Amizade México-Rússia foi instalado na Câmara dos Deputados, uma situação que gerou críticas aos políticos porque ocorreu no contexto da invasão russa da Ucrânia; embora, deve ser lembrado, o evento foi adiado por alguns dias porque, no início, as hostilidades levaram a um pedido de contenção.
Entre os membros estavam legisladores do Movimento Nacional de Regeneração (Morena), do PT, incluindo alguns do Partido Revolucionário Institucional (PRI).
No entanto, semanas depois, o congressista dos Estados Unidos Vicente González compartilhou a carta que enviou a Antony Blinken, secretário de Estado, e Alejandro Mayorkas, secretário de Segurança Interna, na qual pedia que as figuras mexicanas que participaram do ato legislativo fossem retiradas de seus vistos.
CONTINUE LENDO: