Feminicídio no CDMX: Eles deram 116 anos de prisão a um homem que assassinou sua parceira e feriu sua filha

Os eventos ocorreram em abril de 2020 no bairro de San Mateo, gabinete do prefeito de Cuajimalpa. O agressor foi considerado responsável pelos crimes de feminicídio e tentativa de feminicídio.

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A promotora da Cidade do México, Ernestina Godoy Ramos, informou que um tribunal proferiu uma sentença de 116 anos e oito meses de prisão contra um homem que assassinou sua parceira e tentou matar sua filha de três meses em Cuajimalpa.

De acordo com as informações divulgadas pelo promotor, os eventos ocorreram em abril de 2020 no bairro de San Mateo. O agressor foi considerado responsável pelos crimes de feminicídio e tentativa de feminicídio.

“José Daniel, concubina da mulher e pai do bebê, começou a atacar as mulheres afetadas. Ele matou sua concubidade sufocando-a e escondeu seu corpo em uma caixa de papelão. A recém-nascida, com apenas três meses de idade, estava localizada debaixo de uma cama com múltiplos ferimentos, mas conseguiu salvar sua vida graças ao atendimento médico oportuno que recebeu em um hospital em Toluca”, explicou Godoy Ramos.

O responsável foi localizado em 21 de dezembro de 2020 no município de Ayutla, Guerrero, por membros da Polícia Investigativa (PDI).

Infobae

O promotor também anunciou que detetives da Polícia de Investigação (PDI) cumpriram um mandado de prisão contra Marco “N”, pelo crime de tentativa de feminicídio, ocorrido na prefeitura de Iztacalco.

Os eventos ocorreram em novembro de 2018, quando Marco “N” atacou uma mulher com ácido e causou ferimentos de queimaduras químicas de primeiro e segundo graus em diferentes partes de seu corpo.

“Assim que pudemos estabelecer sua provável participação nos eventos, um juiz supervisor emitiu uma ordem para vincular Marco “N” ao julgamento e ordenou a prisão preventiva informal”, explicou o chefe do Ministério Público da capital.

Também informou que entre 19 de março e 3 de abril, 75 pessoas foram acusadas de vários crimes contra mulheres, adolescentes e meninas. “Dessas pessoas, 45 foram acusadas de violência doméstica; 15 por abuso sexual; sete pelo crime de estupro; três pelo crime de tráfico de pessoas; quatro por feminicídio e mais uma por assédio sexual”, disse.

Infobae

Durante 2022, a Cidade do México viu um aumento nos casos registrados de feminicídio. Foi a própria Chefe de Governo Claudia Sheinbaum quem reconheceu o aumento da criminalidade. De acordo com os dados fornecidos, de 2019 a dezembro de 2021 houve uma tendência de queda de 30%. Janeiro e fevereiro isso mudou.

“Não sei se devo chamá-lo de atípico ou não. Em vez disso, vamos dizer as coisas como estão, houve um aumento no número de mulheres que, infelizmente, foram mortas por uma razão de gênero”, disse o Morenista durante um evento público no último domingo, 27 de fevereiro.

De acordo com a Comissão Nacional de Prevenção e Erradicação da Violência contra a Mulher, para que o homicídio de uma mulher seja classificado como feminicídio, ele deve atender a pelo menos uma das sete características:

1.- A vítima mostra sinais de violência sexual de qualquer tipo.

2.- Lesões ou mutilações infame ou degradante foram infligidas à vítima, antes ou depois da privação de vida ou atos de necrofilia.

3.- Há um histórico ou dados de qualquer tipo de violência no ambiente familiar, de trabalho ou escolar, do sujeito ativo contra a vítima.

4.- Houve uma relação romântica, afetiva ou de confiança entre o bem e a vítima.

5.- Existem dados que estabelecem que houve ameaças relacionadas ao ato criminoso, assédio ou lesão do sujeito ativo contra a vítima.

6.- A vítima foi mantida incomunicável, seja qual for o momento anterior à privação da vida.

7.- O corpo da vítima é exposto ou exibido em um local público.

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