Este é 'Lila', o primeiro vibrador feminino para mulheres com deficiência criado na Colômbia

O projeto, idealizado por pesquisadores da Universidad Industrial de Santander, busca garantir a autonomia sexual de pessoas sem membros superiores ou com mobilidade limitada

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Na Colômbia, a sexualidade está se tornando cada vez mais inclusiva. O anúncio foi feito pela Superintendência de Indústria e Comércio (SIC), depois de ter anunciado que concedeu a patente de invenção nacional à Universidade Industrial de Santander (UIS), para a criação de um dispositivo para a estimulação sexual autônoma de mulheres com mobilidade reduzida ou ausência dos membros superiores.

'Lila', como foi chamado o dispositivo de vibração, foi criado pelos graduados da Escola de Design Industrial da UIS, Leidy Johanna Monsalve Arias e Rubiel Fernando Martínez García, sob a direção do professor Juan Carlos Moreno Muñoz, na ausência de elementos que permitam às mulheres com deficiências de poder não só reconhecer sua sexualidade, mas também autoexplorar seu corpo.

Conforme detalhado pelo UIS, o dispositivo é composto por um mecanismo de vibração que tem uma forma de sela revestida em silicone e que permite ao usuário fazer movimentos com seu corpo para estimular certos pontos do clitóris sem ter penetração total.

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O mecanismo também se destaca porque, sendo projetado para mulheres com mobilidade reduzida ou sem membros superiores, possui um dispositivo que permite ao consumidor manusear 'Lila' com o pé.

O novo estimulador sexual feminino foi testado em mais de 30 mulheres que voluntariamente concordaram em fazer parte do processo de pesquisa. Entre eles estavam membros da 'Colectiva Polimorfas', um grupo de mulheres de Bogotá que apoia mulheres com deficiência ou diversidade funcional.

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Depois de ser testado e validado por mulheres com deficiência, os criadores de 'Lila' conseguiram mostrar que o dispositivo dá a essa população feminina a possibilidade de desfrutar de sua sexualidade de forma autônoma.

“Esse exercício nos deu muito porque foram essas mulheres que nos deram ideias, nos contaram sobre suas experiências e receberam o produto com muita emoção. O que eles mais gostaram é que alguém finalmente pensou sobre eles e mais sobre suas necessidades sexuais. Para eles foi muito importante porque precisam de assistência o tempo todo, até para ter relacionamentos, e com esse dispositivo eles podem ter maior facilidade e privacidade”, disse Monsalve em diálogo com o jornal Vanguardia.

Para este sistema inovador, a Superintendência de Indústria e Comércio (SIC) concedeu ao UIS a patente de invenção nacional para a criação de 'Lila'. “Acreditamos que esse produto terá um impacto social muito alto, do ponto de vista do tabu diante da sexualidade, do preconceito e das crenças religiosas da maioria das pessoas. Se formos capazes de dar autonomia a uma pessoa em sua privacidade, estamos possibilitando a dignidade, e essa é uma das contribuições mais importantes que consideramos que estamos fazendo com este projeto”, disse o professor Juan Carlos Moreno.

Embora o estimulador sexual feminino ainda não esteja à venda, os criadores de 'Lila' disseram que esperam comercializar o dispositivo muito em breve, a fim de poder dar autonomia às mulheres com deficiência em sua sexualidade.

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