Intempestivamente, vários funcionários relacionados à Quarta Transformação (Q4) convidaram os cidadãos a participar de um comício em 6 de abril no Monumento ao Revolução para apoiar a Reforma da Eletricidade promovida pelo presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO).
Entre as pessoas que promoveram este encontro estava a chefe de governo da Cidade do México, Claudia Sheinbaum Pardo, que foi duramente criticada por compartilhar o cartaz em suas redes sociais, além de exortar a população a comparecer.
Após o evento, várias respostas foram feitas por diferentes personagens, incluindo membros do Movimento Nacional de Regeneração (Morena), que se manifestaram contra as decisões tomadas pelo quarto trimestre.
Tal foi o caso do analista político Gibrán Ramírez Reyes, que não perdeu tempo e correu contra a presidente da capital por sua participação neste comício. Além disso, ele também lembrou que Alfonso Ramírez Cuéllar decidiu convidar para essa mesma reunião, mas com o objetivo de falar sobre a revogação do mandato.
“Ramírez Cuéllar pede mobilização para o recall e Claudia Sheinbaum para a companhia elétrica. O que eles são melhores é, sem dúvida, a improvisação e o grito de 'presidente'”, escreveu o colega acadêmico da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).
Outra pessoa que mostrou sua insatisfação foi a jornalista Azucena Uresti. Por meio de sua conta no Twitter, ele compartilhou várias imagens e vídeos. Em um desses materiais, dois botargas podem ser vistos, um pelo presidente da capital e outro López Obrador dançando ao ritmo da bateria.
Outro comunicador que também destacou as irregularidades deste evento foi Joaquín López-Dóriga, que mostrou um vídeo mostrando supostos caminhões “transportados” que compareceram ao monumento à Revolução. “É um ensaio para a consulta de domingo”, escreveu.
Jorge Berry, jornalista de rádio, chamou de “desagradável” o discurso que S. heinbaum Pardo concedeu, sem medo das consequências de suas palavras, questionou o trabalho dos diretores do INE e garantiu que eles “não têm moral autoridade”; ele também apontou que, por suas ações, “odeio a participação do povo” para que as caixas supostamente sejam colocadas em lugares escondidos e deu pouca publicidade à consulta.
“Como é desagradável ver alguém que você considerava inteligente, fazer um discurso de ódio, mas acima de tudo, de submissão a alguém menos inteligente. O fanatismo convincente de @Claudiashein, que já perdeu qualquer vestígio de um democrata”, (sic), escreveu.
Durante o evento, Claudia Sheinbaum tomou a palavra e garantiu que estava no evento tanto oficial quanto cidadã, porque foi eleita para representar a vontade popular. “Estou aqui como cidadão, mas também como chefe de governo. Fui eleita para chefiar um governo que acabaria com a corrupção e o desperdício pelos governantes”, disse ela.
Essas palavras foram criticadas pela cientista política Denise Dresser, que apontou as irregularidades do presidente da capital, como a violação da proibição eleitoral por atos de proselitismo.
“Estou aqui como cidadão, mas também como chefe de governo, violando a Constituição, ignorando a proibição eleitoral, fazendo proselitismo político impedido por lei, porque como o presidente venero, a legalidade não me importa, nem me importarei se sou presidente”, escreveu também o escritor.
Antes do final do evento, ele reiterou seu apoio à possível reforma eleitoral que o presidente proporá, o que exigiria que os vereadores fossem votados por eleições eleitorais. Assim que a presidente concluiu seu evento, Eugenia León cantou o hino nacional mexicano.
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