Congresso: Eles buscam desafiar Aníbal Torres devido às mortes em protestos e ao toque de recolher fracassado

A bancada da Ação Popular já começou a recolher assinaturas para que o primeiro-ministro seja convocado ao Palácio Legislativo, enquanto a parlamentar não agrupada, Flor Pablo, apresentará em breve uma moção de interpelação contra o chefe do Conselho de Ministros.

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O fim do primeiro-ministro Aníbal Torres dentro do governo de Pedro Castillo estaria se aproximando. Além dos rumores das demissões de seus ministros e do desejo dos conselheiros presidenciais de reestruturar o gabinete, acrescentar-se-ia que o Congresso da República já o tem em vista após as propostas violentas que ocorreram em vários partes do país.

Conforme anunciado pelo Banco de Ação Popular em suas redes sociais, este grupo parlamentar já está coletando assinaturas para apresentar uma moção para interpelação contra o chefe do Conselho de Ministros, Aníbal Torres, que é promovido pelo legislador Elvis Vergara.

De acordo com o documento publicado, o partido lampa busca o primeiro-ministro para responder sobre as medidas que o Executivo tomou nos últimos dias após vários conflitos sociais eclodiram após a paralisação das operadoras e outras manifestações.

Por esse motivo, pedem aos colegas do Congresso que se juntem à iniciativa e assinem a carta para que Torres seja convocado à sessão plenária para responder a uma declaração interpelatória. As perguntas giram em torno das declarações do ministro da Defesa, José Gavidia; sobre a reunião que tiveram em Huancayo com líderes de diferentes setores; e sobre o toque de recolher que foi decretado para o último 5 de abril.

“É necessário que o presidente do Conselho de Ministros, Aníbal Torres Vásquez, compareça à sessão plenária para explicar quais foram os fundamentos legais para a adoção dessa medida radical, e deixar claro se essa medida foi usada para suprimir manifestações populares, porque como aqueles que assinada esta moção, acreditamos que declarar o estado de emergência à noite, é uma clara repressão contra o povo”, conclui o documento.

Infobae

Por sua vez, a parlamentar desagrupada, Flor Pablo, anunciou que em breve apresentará uma moção de interpelação contra o chefe do Conselho de Ministros devido às mortes ocorridas durante as manifestações no interior do país como resultado da subida dos preços.

“Apresentaremos uma moção de interpelação ao premiê Aníbal Torres. A crise persiste e hoje traz consigo ferimentos e a morte de um compatriota em Ica, Yhony Quinto, cuja família eu estendo minhas condolências. A presença de ministros em cada território é essencial para chegar a acordos e recuperar a ordem pública em primeiro lugar”, escreveu em sua conta no Twitter.

“Os cidadãos têm todo o direito de protestar pacificamente, mas a violência não pode ser tolerada em democracia. Não podemos permitir mais uma morte”, acrescentou em sua conta no Twitter.

Infobae

CRISE NO GABINETE DE TORRES

Daniel Salaverry, assessor do presidente Castillo, confirmou “que há ministros que fizeram sua posições disponíveis.” “Não posso garantir quantos deles existem. Não estou autorizado a entrar em detalhes, sou muito respeitoso”, disse de fora do Palácio do Governo.

Embora não quisesse citar nomes, Salaverry revelou que está esperando o chefe de Estado anunciar mudanças no gabinete. “Espero que o presidente anuncie algumas mudanças nas próximas horas ou amanhã. Mas que vai haver mudanças, espero que haja”, continuou.

Nesse sentido, ele deu a entender que o presidente deve destituir do cargo os ministros dos Transportes e Agricultura, Nicolás Bustamante e Óscar Zea, respectivamente, uma vez que não foram capazes de gerenciar ou controlar os protestos em nível nacional, e o chefe da pasta da Habitação, Geiner Alvarado, que não implementou os planos delineados em seu setor.

“A população os fez sentir isso, não só ontem, mas também nos últimos meses. As pessoas querem mudanças no setor da saúde, no setor dos transportes, na habitação. Precisamos de ministros que entendam esse problema e precisem começar a implementar os planos, porque eles existem. Infelizmente, o presidente não teve uma equipe para ajudá-lo a fazer o país avançar”, disse.

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