Um guarda da embaixada britânica em Berlim foi acusado de espionar para a Rússia

As autoridades alemãs extraditaram para o Reino Unido David Smith, de 57 anos, que foi acusado de coletar informações para fornecer a um Estado estrangeiro

Guardar
A sign with the name
A sign with the name of Ukraine's President Volodymyr Zelenskiy is set up in front of the Russian embassy, as Russia's invasion of Ukraine continues, in Berlin, Germany, April 5, 2022. REUTERS/Lisi Niesner TPX IMAGES OF THE DAY

Um guarda de segurança da Embaixada Britânica em Berlim foi acusado de espionar para a Rússia e extraditado para o Reino Unido para ser levado à justiça, informou o Ministério Público britânico na quarta-feira.

David Smith, de 57 anos, foi preso pela polícia alemã em 10 de agosto de 2021, acusado de coletar informações na legação britânica para fornecê-las a um estado estrangeiro, nomeadamente a Rússia.

O Ministério Público acusa-o de nove acusações, incluindo a de passar informações a uma pessoa que se acredita representar o Estado russo.

A colaboração entre a Polícia Metropolitana de Londres e o Ministério Público permitiu que as acusações formais fossem apresentadas em 15 de novembro do ano passado, após a obtenção da aprovação do Procurador-Geral da República.

O chefe da Divisão de Crimes Especiais e Contraterrorismo do Crown Prosecution Service (CPS), Nick Price, explicou em comunicado que as alegações contra o suspeito dizem respeito a violações da Lei de Segredos Oficiais.

“Ele é acusado de sete crimes de coleta de informações com a intenção de enviá-las às autoridades russas, um de tentativa de comunicação e outro de fornecer informações a uma pessoa que ele acreditava ser membro das autoridades russas”, acrescentou.

Depois de analisar o caso e limpar as acusações, obtivemos a autorização de extradição e cooperamos estreitamente com nossos colegas alemães para trazer Smith de volta do Reino Unido”, explicou Price.

Infobae

O acusado comparecerá amanhã, quinta-feira, perante o Tribunal de Magistrados de Westminster.

Na terça-feira passada, os países da UE, Bélgica, Holanda, Irlanda e República Checa expulsaram dezenas de diplomatas russos suspeito de espionagem, em uma ação coordenada tomada à sombra da guerra de Moscou na Ucrânia.

A ministra belga das Relações Exteriores, Sophie Wilmes, disse que seu país estava expulsando 21 diplomatas da embaixada russa em Bruxelas e do consulado em Antuérpia, dando-lhes duas semanas para sair.

Ela disse que o movimento foi tomado em conjunto com a vizinha Holanda, cujo Ministério das Relações Exteriores disse que estava expulsando 17 diplomatas russos considerados “secretamente ativos” como oficiais de inteligência.

O ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Simon Coveney, disse que quatro “altos funcionários” da embaixada russa em Dublin tinham sido orientados a sair porque participaram de atividades “que não... estão de acordo com os padrões internacionais de conduta diplomática”, código de espionagem.

E o Ministério das Relações Exteriores da República Tcheca disse que um diplomata da embaixada russa em Praga tinha recebido 72 horas para sair. Uma autoridade tcheca disse à AFP que o diplomata era o vice-embaixador da Rússia.

Juntamente com nossos aliados, estamos reduzindo a presença da inteligência russa na UE”, tuitou o ministério tcheco.

(Com informações da EFE)

Continue lendo:

Guardar