Na noite de terça-feira, no popular bairro de San Vicente, a leste de Quibdó, homens armados chegaram atirando em um grupo de pessoas que faziam entregas ao ar livre, deixando 3 pessoas mortas, uma delas menor de idade, conforme denunciado pela atual fórmula vice-presidencial do candidato Sergio Fajardo, Luis Guillermo Murillo , de sua conta no Twitter.
Os eventos ocorreram depois das nove horas da noite. Policiais foram denunciados na área que transportaram os feridos pelo tiroteio para um centro de saúde na capital de Chocoa.
Na versão SEMANA, outras 3 pessoas ficaram feridas, incluindo um menor; a mídia local PubliMóvil Chocó disse que o hospital de San Francisco de Asís relatou danos do ataque.
No momento não há pronunciamento das autoridades; no entanto, no início do mês, os habitantes de Quibdo denunciaram a circulação de panfletos intimidantes contra a população, assinados pelas Forças de Autodefesa Gaitanistas da Colômbia, nos quais alertaram sobre retaliação a qualquer pessoa pego realizando reuniões com membros de outros grupos ilegais que estão presentes nesta região do Pacífico, como “Los Mexicanos” ou “Los Zetas”.
O colombiano disse que os eventos da noite anterior estariam relacionados a um acerto de contas entre “Los Mexicanos” e “Los Palmeños”, em disputa sobre o microtráfico nesta área de Quibdo.
Por outro lado, a ex-ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Mabel Torres, reagiu aos atos de violência em Quibdo, observando que com as mortes de ontem à noite há 68 mortes nesta região colombiana até agora em 2022.
Da mesma forma, o ex-ministro disse no Twitter que a menina relatada como um dos ferimentos continuou a lutar por sua vida no hospital San Francisco de Asís, na capital de Chocoa.
O panorama violento em Chocó levou a Ouvidoria a iniciar sua missão humanitária com seus funcionários na região de Chocó para cuidar das 900 famílias (4.000 pessoas) de 25 comunidades do município de Nóvita que estão em estado total de confinamento. O ELN exigiu que a comunidade não se mudasse de casa para evitar repercussões violentas.
“Apelamos aos guerrilheiros do ELN e às Forças de Autodefesa Gaitanistas (AGC) para que respeitem os direitos das comunidades no território e permitam a livre circulação de civis e cessem suas ações contra a comunidade Novita, além de respeitar os Direitos Humanos e o Direito Internacional Humanitário”, Disse o Provedor de Justiça, Carlos Camargo Assis, em comunicado publicado no site daquela entidade no último fim de semana.
O prefeito de Nóvita, León Fabio Hurtado, disse em entrevista à RCN que 5.000 pessoas (950 famílias) estão confinadas desde março: “O município de Nóvita tem 11.000 habitantes, mas 70% permanecem em Alto Tamaná. Dos 13 distritos, há oito que estão passando por dificuldades (...) As forças de segurança estão pendentes, mas nessas questões de conflito as comunidades devem ter garantias de poder percorrer suas tramas, pois temem os campos minados. Enquanto houver a presença de grupos fora da Lei, as comunidades viverão com medo”, ressaltou a reportagem matinal daquela rede.
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