Protestos no centro de Lima: Ministro do Interior confirma quatro policiais feridos após confronto com civis

Membros do PNP rejeitaram com bombas de gás lacrimogêneo os ataques, com pedras, paus e outros objetos, que receberam pelos manifestantes.

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O Ministro do Interior, Alfonso Chávarry, inspecionou pessoalmente os danos e danos causados por manifestações fora do Congresso da República, que se espalharam por toda a Avenida Abancay, no centro de Lima.

Em seu caminho, ele abordou caixas do Banco de la Nación que foram violados em meio a confrontos entre manifestantes e membros da Polícia Nacional Peruana (PNP). Além disso, ele se aproximou do Ministério Público, que ficou com a fachada rasgada.

Em suas declarações à imprensa, Chávarry negou que o PNP seja o culpado pelas mortes ocorridas desde o início da paralisação nacional das transportadoras, há mais de uma semana. “Não houve mortes da nossa parte, nem em confrontos com a polícia”, disse.

Ele também informou que pelo menos quatro policiais ficaram feridos nos confrontos, que começaram à tarde e continuaram noite adentro em diferentes partes do centro de Lima. “Eles estão me comunicando sobre os feridos, eles foram tratados inicialmente pelos bombeiros. São vândalos que estão atacando a Polícia Nacional”, disse em breves declarações.

Além disso, ele rejeitou os atos violentos de algumas pessoas que haviam se infiltrado nos protestos em Lima

POLÍCIA FERIDA

Um coronel da polícia que cobriu a ferida na mão com uma peça de roupa disse à TV Perú que outros colegas ficaram feridos e que era seu dever cuidar da situação deles antes de ser tratado por um médico.

Enquanto uma das tropas afetadas foi atingida por uma pedra no olho, enquanto outra ficou ferida na mão, de acordo com o canal de televisão.

O COMEÇO DOS PROTESTOS

De diferentes partes da capital, marchas foram realizadas com o objetivo de chegar ao centro de Lima para exigir a renúncia do presidente Pedro Castillo. O ponto de encontro foi a Plaza San Martín às 3 da tarde, no entanto, os manifestantes tentaram chegar ao Congresso da República.

Cerca de 5.000 protestantes estavam na Avenida Abancay, exatamente na travessia de Jirón Huallaga, tentando chegar ao Parlamento. Os manifestantes foram agressivos e não hesitaram em chutar e jogar garrafas na polícia para tentar quebrar o cordão que impedia seu objetivo.

Devido à violência desencadeada, os congressistas Rosangella Barbarán, do partido Força Popular, Patricia Chirinos, do Avanza País, e Norma Yarrow, também do Avanza País, saíram do Parlamento para diminuir o ânimo caloroso dos manifestantes. Eles declararam à imprensa que rejeitam as ações de Pedro Castillo e o responsabilizam pelos abusos ocorridos nos dias de hoje.

“Não concordamos com esse encontro com Pedro Castillo. Sabemos que tudo é uma farsa, não há solução ou protestos. Falar com Castillo é perda de tempo. Nada vai sair, bom ou ruim”, disse Chirinos.

PEDRO CASTILLO EM

Pedro Castillo compareceu perante os presidentes do Congresso para discutir a crise econômica e social que o Perú enfrenta após as várias manifestações e protestos sobre o desligamento das operadoras neste oitavo dia consecutivo.

O presidente chegou ao congresso, 10 minutos antes das 3 da tarde para cumprir suas funções e comparecer perante o Conselho de Porta-Vozes. A partir daí, ele anunciou que estava revogando a imobilização total que decretou um dia antes.

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