PAN exigiu que a AMLO pare de pressionar os ministros da SCJN a aprovar a Lei do Setor de Eletricidade

O líder do partido albiazul garantiu que a contra-reforma elétrica de López Obrador “é um tiro no coração do México”

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O Partido da Ação Nacional (PAN) exigiu que o presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) pare de pressionar os ministros do Supremo Tribunal de Justiça da Nação (SCJN) a aprovar a Lei da Indústria Elétrica (LIE), apelando aos membros do mais alto tribunal do país para que “não legalizem no Tribunal um que não pode ser alcançado no Congresso”.

Em comunicado, o presidente do partido albiazul, Marko Cortés, instou os ministros que compareceram ao Supremo Tribunal sobre a proposta do presidente “pensar primeiro no país, na Constituição e nas terríveis consequências econômicas e sociais que a declaração da Lei da Indústria Elétrica teria constitucional.”

No texto, Marco Cortés frisou que a proposta da ministra Loretta Ortiz é preconceituosa pela origem “porque quando a ministra era agora deputada, chamou traidores ao país aqueles que aprovaram a reforma energética que hoje está sendo revertida sem argumentos técnicos, simplesmente por causa da capricho político do presidente López Obrador. A Acción Nacional pede respeitosamente que ele desculpe, reconsidere e corrija sua posição em benefício do país”, enfatizou no texto.

Foto: REUTERS/Daniel Becerril/ Archivo

O líder nacional do PAN disse que a única tentativa de combater a reforma da eletricidade coloca bilhões de dólares em investimentos dos Estados Unidos, Canadá, Espanha e muitos outros países em risco, justamente quando o que é mais urgente é o capital que gera empregos bem remunerados.

Cortés Mendoza insistiu que a contrarreforma elétrica de López Obrador não tem pés nem cabeça.

É o enésimo exemplo de um governo de ocorrência e caprichos, onde a obsessão é concentrar o poder nas mãos do presidente, que também quer controlar as eleições para decidir quem compete e quem ganha do que controlar a eletricidade para dizer a quem vender e quem não.”

“A contra-reforma do presidente não é um tiro no pé do governo, é um tiro no coração do México”, concluiu conclusivamente o líder do PAN.

Marko Cortés (Foto: Twitter/@MarkoCortes)

Recorde-se que a Lei da Indústria Elétrica será votada na quinta-feira na sessão plenária do Supremo Tribunal de Justiça da Nação, depois de ter sido adiada na passada terça-feira.

O Tribunal Superior analisará o projeto de lei da ministra Loretta Ortiz propondo afastar as três contestações apresentadas pelo estado de Colima, a Comissão Federal de Concorrência Econômica (Cofece) e legisladores da oposição contra reformas legais que buscam alterar a ordem de despacho de energia elétrica, dando prioridade à Comissão Federal de Eletricidade (CFE), mas não define um percentual mínimo em sua participação na geração de energia, ao contrário da Reforma Energética que está sendo discutida atualmente na Câmara dos Deputados.

O ministro Javier Laynez Potisek falou pela inconstitucionalidade das reformas aprovadas em março de 2021, enquanto a maioria dos membros da sala afirmou que se afastam de alguns aspectos centrais do projeto de Loretta Ortiz, que em sua apresentação afirmou que o Estado mexicano deve garantir que o O Estado mexicano deve garantir o desenvolvimento econômico e fortalecer a soberania elétrica e que nenhuma vantagem deve ser dada às empresas estrangeiras sobre os juros.

Imagen de archivo del logotipo de la estatal Comisión Federal de Electricidad (CFE) de México, en sus oficinas en Monterrey, México. 9 de febrero de 2021. REUTERS/Daniel Becerril

Em seu projeto de lei, a ministra e ex-deputada federal Morena propõe que o Supremo Tribunal declare a validade das reformas, considerando que elas não violam a livre concorrência e a concorrência nem causam danos ao meio ambiente.

Para que as emendas à Lei da Indústria de Eletricidade sejam mantidas, apenas três ministros são obrigados a aderir ao projeto de lei de Loretta Ortiz, enquanto que para que uma determinação de inconstitucionalidade seja conquistada, pelo menos oito votos são necessários.

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