Na quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram um bloqueio total dos dois principais bancos russos, intensificando o bloco financeiro do país em retaliação à invasão da Ucrânia e aos recentes massacres relatados naquele país.
“Deixei claro que a Rússia pagaria um preço severo e imediato por suas atrocidades em Bucha. Hoje, junto com nossos aliados e parceiros, estamos anunciando uma nova rodada de sanções devastadoras”, disse o presidente Joe Biden no Twitter
Um alto funcionário do governo explicou em uma ligação com jornalistas o “bloqueio total” do Sberbank e do Alfa Bank, as maiores instituições financeiras do país: as medidas proíbem seus ativos de entrar em contato com o sistema financeiro dos EUA e impedem os americanos de fazer negócios com ambas as instituições.
Em comunicado, o Sberbank respondeu que as sanções não teriam um efeito significativo nas suas operações, tendo se adaptado às medidas anteriores.
O Departamento do Tesouro também proibiu todos os novos investimentos na Federação Russa. Isso, disse ele, vai “isolar ainda mais a Rússia da economia mundial”.
“Essa medida é um acréscimo à decisão tomada por mais de 600 empresas multinacionais de deixar a Rússia. O êxodo do setor privado inclui fabricantes, empresas de energia, grandes varejistas, instituições financeiras e outros prestadores de serviços, como escritórios de advocacia e escritórios de consultoria. A Ordem Executiva de hoje garantirá o enfraquecimento duradouro da competitividade global da Federação Russa”, sublinharam.
Por sua vez, o Reino Unido impôs uma nova rodada de sanções à Rússia, visando também dois bancos e eliminando todas as importações russas de petróleo e carvão até o final do ano.
“Nossa última onda de medidas acabará com as importações russas de energia do Reino Unido e sancionará mais pessoas e empresas, dizimando a máquina de guerra (Vladimir) de Putin”, disse a ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, em comunicado.
Por sua vez, a União Europeia também está preparando novas medidas. A proibição proposta pela Comissão Europeia das importações de carvão seria a primeira sanção da UE visando a lucrativa indústria de energia russa para sua guerra na Ucrânia.
O oficial de Relações Exteriores da UE, Josep Borrell, disse que a energia é fundamental para os cofres de guerra do presidente russo, Vladimir Putin. “Um bilhão de euros é o que pagamos a Putin todos os dias pela energia que ele nos fornece desde o início da guerra. Demos a ele 35 bilhões de euros. Compare-o com o bilhão que demos à Ucrânia em armas”, disse Borrell.
Depois de vários países europeus terem anunciado a expulsão de diplomatas russos, a Comissão Europeia propôs um quinto pacote de sanções que inclui a proibição da importação de carvão e que poderá ser adotado já esta quarta-feira, uma vez aprovado por unanimidade pelos embaixadores dos 27 países.
(Com informações da EFE, AFP, AP, Reuters)