Após a operação realizada pelo Exército Nacional em 28 de março, em Puerto Leguizamo, Putumayo, uma Missão de Verificação foi até a área de interferência para investigar o incidente. Após a coleta dos dados obtidos, concluíram que essa intervenção foi uma execução extrajudicial, neste caso, tanto operacional quanto posteridade, deixou dúvidas em aberto em relação a este caso, embora a principal justificativa do Ministério da Defesa seja que eles procuraram desferir um duro golpe nos armados estruturas da conhecida como Segunda Marquetalia, as evidências encontradas pela Missão demonstram o contrário.
Embora essa delegação reconheça a possível presença de atores ilegais na área, eles enfatizam que isso não justifica a incursão armada que deixou a população no meio do incêndio, além das violações de direitos humanos que podem sofrer, no comunicado, a Missão declarou: “ Esta execução extrajudicial contra a população de El Remanso e comunidades vizinhas participantes do bazar, também foi dirigida contra grupos humanos altamente protegidos pelo Direito Internacional Humanitário, como povos indígenas, líderes sociais e menores, que foram mortos no evento, deveria ser observou que, essas práticas são de grande preocupação para a Missão, tendo em vista que são sistemáticas e correspondem aos mesmos padrões de comportamento já investigados em outros momentos no território”.
Da mesma forma, enfatizou-se que esta operação queria ser apresentada pela pasta da Defesa, como uma ação contra alvos legítimos, por sua vez, a Missão solicitou ao Ministério da Defesa e ao Governo Nacional que retificassem as reivindicações feitas contra a comunidade, levando em conta que, de acordo com para eles, sua dignidade é vista, além disso, os povos indígenas e as diversas comunidades envolvidas nesse extermínio exigem a proteção adequada, marcando-o como um crime contra a humanidade e considerando a necessidade de medidas disciplinares a serem tomadas contra os militares envolvidos.
O Ministério Público também é obrigado a conduzir as investigações de forma imparcial e não buscar favorecer nenhuma das partes envolvidas, além disso, solicita-se que o Exército Nacional não esteja presente na área, no momento em que os depoimentos estão sendo coletados, tendo em vista que este é assumido como uma medida intimidante.
Da mesma forma, a Missão explica que, desde a construção da paz, busca que a comunidade internacional acompanhe essa população e permite que mudanças sejam feitas na crise humanitária que estão enfrentando, pedindo o desenvolvimento de um Acordo Humanitário que busque acabar com a violência contra os afro- comunidades descendentes e indígenas, além de eliminar todos os tipos de lacunas que geram estigmatização contra os habitantes de seus territórios.
Segundo o Noticias Uno, o coordenador da Rede de Direitos Humanos Putumayo, Yuri Quintero, explicou que surgem dúvidas sobre como a comunidade é abordada, uma vez que foi cercada e acusada diretamente de pertencer a um grupo armado ilegal pelo Estado, situação que demonstra o desejo de justificativa da comunidade. operacional.
Por sua vez, Diana Sánchez, diretora da Organização Minga e porta-voz Plataforma Colômbia - Europa - EUA, explicou à mídia mencionada que o Exército procurou manipular essas informações por meio de proteção legal, pois, neste caso, indicava que toda a população envolvida no local tinha a ver com crime e foi considerado como objetivo militar, uma vez que, de acordo com informações do Ministério da Defesa, os mortos pertenciam diretamente ao grupo armado Segunda Marquetalia e não eram camponeses, como afirmado em diferentes versões, afirmando: “O Exército está tentando dar a volta por cima e criar um manipulação do DIH, para justificar o que aconteceu, para dizer que toda a população que estava lá eram produtores de narco-coca, todos guerrilheiros e tiveram que ser mortos.”
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