A inflação na Colômbia continua subindo significativamente, os índices parecem andar de mãos dadas com a economia mundial e as consequências da pandemia causada pela Covid-19. De acordo com o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (dinamarquês), para o mês de março o índice de preços ao consumidor (IPC) teve uma variação de 1%, indicador que estava perto do dobro do mesmo mês em 2021, quando se situou em 0,51%. Além disso, a inflação até agora este ano, ou seja, no corte do primeiro trimestre, ficou em 4,36 por cento, em comparação com um indicador de 1,56 por cento há um ano, ou seja, quase três vezes.
Isso traz complicações para os bolsos dos colombianos, uma vez que os preços mais altos dos produtos produzem menos possibilidade de oferta e redução no consumo. Segundo Dane, o desempenho mensal do IPC total em março de 2022 foi explicado principalmente pela variação mensal das divisões de alimentos e bebidas não alcoólicas e alojamento, água, eletricidade, gás e outros combustíveis.
Nesse sentido, os maiores aumentos de preços foram registrados nas subclasses batata (110,22%), mandioca para consumo doméstico (85,14%), banana (82,57%), cebola (10,65%) e amoras (9,60%). Os menores aumentos de preços foram relatados nas subclasses arroz (0,54%), arracacha, inhame e outros tubérculos (0,83%) e concentrados para preparação de refrigerantes (1,55%). Soma-se às subclasses refeições nos estabelecimentos que servem a mesa e self-service, com 0,95%; carne bovina e derivados, com 0,71%, e eletricidade, com 0,44%.
Por outro lado, as maiores quedas de preços foram relatadas nas subclasses carne de porco e derivados (-2,34%), cenoura (-1,70%) e banana (-0,32%). Ainda, as subclasses com menores contribuições foram as pertencentes aos serviços de comunicação fixa e móvel e à provisão de internet, com -0,43%; roupas femininas, com -0,06%, e matrículas e matrículas nas carreiras técnica, tecnológica e universitária, com -0,04%.
Desde fevereiro, o governo tem anunciado o quadro não muito encorajador do aumento dos preços na Colômbia, então o ministro José Manuel Restrepo anunciou um pacote de medidas que incluem:
- O banco central continuará o processo de normalização da política monetária
- A nação reduzirá os custos dos insumos agrícolas
- O governo reduzirá as tarifas sobre as importações agrícolas
- Governo trabalhará com produtores para aumentar a oferta de alimentos
- O Ministério dos Transportes tentará melhorar a logística nos principais portos colombianos com custos mais baixos
- O Governo fornecerá linhas adicionais de crédito e seguro aos produtores de alimentos
- Mais um milhão de famílias serão incluídas nos subsídios do governo
Deve-se notar que o banco central aumentou os custos de empréstimos em 2,25 pontos percentuais desde setembro, para 4%, e em janeiro surpreendeu os analistas com um aumento maior do que o esperado na tentativa de conter os aumentos de preços.
A inflação excede a meta em todas as principais economias latino-americanas, bem como em outros mercados emergentes e em países ricos, em meio a um aumento na demanda global, enquanto as cadeias de suprimentos ainda não se recuperam totalmente dos efeitos da pandemia, as empresas deslocam os custos mais altos de alimentos e energia para os clientes; e o conflito desencadeado na Europa não dá trégua.
CONTINUE LENDO