Congresso da República: Acción Popular coleta assinaturas para desafiar Aníbal Torres

Os parlamentares esperam que o primeiro-ministro explique as razões pelas quais o toque de recolher foi ordenado em Lima e Callao na terça-feira, 5 de abril.

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O Banco Popular Acción anunciou na terça-feira, 5 de abril, que apresentará uma moção de interpelação contra o Presidente do Conselho de Ministros, Aníbal Torres, para assistir ao Plenário do Congresso e explicar as bases do decreto supremo que ordenou a toque de recolher em Lima e Callao.

“Apresentamos uma moção de interpelação como bancada para que o Presidente do Conselho de Ministros participe da sessão plenária (...) para que ele não só fundamente as condições e justificativas deste decreto supremo de imobilização, mas queremos e precisamos saber qual é o acompanhamento mecanismo será para a atenção dos acordos adotados nos grupos de trabalho que foram assinados em Junín e que serão concretizados em acordos”, anunciou o porta-voz da bancada, Elvis Vergara, durante a reunião entre representantes do Executivo e parlamentares no Legislativo.

Recorde-se que na noite de 4 de abril, o Presidente da República, Pedro Castillo, anunciou o toque de recolher das 2h às 23h59, algumas horas antes de entrar em vigor. Grandes manifestações ocorreram, que terminaram em violência e saques.

De acordo com um comunicado emitido pelo banco, a imobilização social ocorrida na terça-feira é “uma medida repressiva, desproporcional e arbitrária que fará com que a crise econômica se agrave ainda mais”.

No comunicado, a Ação Popular anunciou sua intenção de desafiar o primeiro-ministro e expressou seu apoio às demandas de transportadoras e agricultores, que enfrentam uma greve por tempo indeterminado desde a semana passada.

“Exigimos que o Governo tome medidas imediatas para cumprir todos os acordos. Lamentamos as mortes ocorridas durante a greve e estendemos nossas condolências às famílias. Também exigimos um relatório detalhado do Ministério do Interior, que também deve registrar o estado de saúde dos mais de 200 feridos em consequência do desemprego”, lê-se no texto.

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SETE MARCHAS PRESAS CONTRA PEDRO CASTILLO EM

O toque de recolher em Lima e Callao desencadeou um protesto contra o presidente Pedro Castillo na terça-feira, 5 de abril, no centro de Lima, que tornou-se violento durante a noite. Alguns manifestantes chegaram a atacar instituições públicas como o Superior Tribunal de Justiça em frente ao Parque Universitário. Além disso, foi relatado que outros entraram nas instalações da loja Tambo+ no musaranho Camaná para roubar bebidas alcoólicas e outros produtos. Como resultado de todos os tumultos, a polícia prendeu sete pessoas que estão atualmente na delegacia de Alfonso Ugarte, em Cercado de Lima.

Policiais disseram à imprensa que, de todos os presos, cinco serão denunciados por tumultos e roubos agravados. Os outros dois detidos, que incluem um menor, serão denunciados pelo crime de perturbação.

ELES APREENDEM OBJETOS ROUBADOS DO JUDICIÁRIO

Como mencionado, um grupo de pessoas entrou e saqueou o Supremo Tribunal. Assim, a Polícia Nacional informou que extintores de incêndio, frigobar e teclados do judiciário foram apreendidos deles. Garrafas de bebidas alcoólicas roubadas da loja Tambo+ também foram encontradas no local.

O ministro do Interior, Alfonso Chávarry, chegou à esquadra de Alfonso Ugarte e disse que a imobilização social ou toque de recolher decretado para terça-feira pelo Governo foi dado precisamente porque havia relatórios de inteligência alertando para atos de vandalismo e atos fora da lei.

Ele também afirmou que iria às delegacias de Cotabambas, San Andrés e Monserrat para ver se havia outros detidos dos protestos, já que havia 15 no total.

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