Chefe do PCM chamou o PNP de “deficiente”

Durante uma entrevista com um meio de comunicação colombiano, Aníbal Torres, garantiu que a Polícia Nacional peruana não tem a preparação nem o número de tropas para enfrentar a onda de violência que o país enfrenta.

Nesta quarta-feira, Aníbal Torres, deu entrevista a um meio de comunicação colombiano, onde foi consultado sobre a crise que o Perú está enfrentando diante das medidas que ele apresentou pelo governo de Pedro Castillo.

Falando ao Bluradio, o primeiro-ministro falou sobre as manifestações e protestos ocorridos em 5 de abril em que mais de 5.000 pessoas tentaram quebrar o cordão policial para chegar ao Congresso da República.

Diante disso, expressou e criticou as ações da polícia, descrevendo-a como “deficiente” e de não ter a preparação ou número suficiente de oficiais para controlar os distúrbios ocorridos na capital após os excessos do Ministério Público, do Júri Nacional de Eleições e do Superior Tribunal de Justiça de Lima, entre outros.

“Nossa polícia, devemos admitir, não existe em número suficiente. Por outro lado, sua preparação, nós também a reconhecemos, é deficiente”, disse.

“Eu só dou um exemplo, a mídia também viu aqui no exterior que sete policiais não podem prender uma pessoa”, acrescentou.

SOBRE PEDRO CAS

Quando questionado sobre a permanência de Pedro Castillo diante da crise política, econômica e social no Perú, o chefe da o PCM não descartou que ele estava tentando “os últimos dias do presidente”.

No Perú, tudo é possível. Isso não é novidade no Perú e vem de alguns anos atrás. Nos cinco anos anteriores, tivemos cinco presidentes e três congressos. Essa situação não foi superada. Tentamos superá-lo e tentamos dialogar com o outro lado, mas o outro lado só olha para o seu próprio interesse, mas não para os monopólios e oligopólios que definem o preço para o consumidor”, disse ele a Bluradio.

Diante disso, ele disse que a base de qualquer solução é o diálogo, por isso eles estão se reunindo com os congressistas para responder o mais rápido possível a essa crise.

Tivemos uma reunião no Congresso, estamos sempre invocando que devemos concordar, dialogar e trabalhar juntos, unitariamente para o bem do país, mas descobrimos do outro lado que eles não querem reconhecer essa atitude do executivo. É um setor do Congresso, não tudo”, acrescentou.

Neste contexto, Aníbal Torres afirmou que a aparente “ingovernabilidade” advertida em alguns meios de comunicação internacionais pode ser devido à instabilidade política que se manteve onde setores não reconheceram a vitória de Pedro Castillo, uma vez que foi questionada desde os primeiros dias.

“[A queda de Pedro Castillo parece iminente?] Isso pode ser uma perspectiva, nada está descartado no país. Não é uma novidade, mas é a incerteza política que existe há alguns anos”, concluiu.

Além disso, durante sua entrevista, Aníbal Torres deixou claro que a ação de Pedro Castillo sobre a irremovabilidade para 5 de abril foi coordenou com a equipe de investigação, já que se sabia que ele veria abusos, saques e roubos. Ele garantiu que essa medida era para salvaguardar a integridade dos peruanos em Lima e Callao.

“Já à tarde, as coisas se acalmaram durante o dia, aquelas pretensões de causar esses danos foram diluídas. Deixamos a população sair, uma mobilização que estava programada para sair, mas os infiltrados não faltam e são eles que causaram os danos de ontem”, explicou o primeiro-ministro.

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