Projéteis e foguetes atingiram na quarta-feira em intervalos regulares sobre a cidade industrial de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, notaram jornalistas da AFP. As autoridades locais informaram que pelo menos 10 pessoas morreram no dia anterior.
Em comunicado publicado no Telegram, Sergey Gaidai, chefe da região administrativa de Lugansk, informou que o exército russo “abriu fogo” contra casas e outros edifícios. A mensagem não entrou em detalhes sobre o tipo de ataque na região, que tem sido palco de intensos combates há vários dias.
Nesta quarta-feira, um prédio estava pegando fogo e quase não havia civis na rua. Seus habitantes ficaram atentos quando os atentados foram interrompidos por alguns minutos, mas rapidamente voltaram à cobertura quando retomaram, viram jornalistas da AFP.
Com mais de 100.000 habitantes antes da guerra, Severodonetsk é a maior cidade do leste controlada pelo exército ucraniano, perto da linha de frente com os territórios separatistas pró-russos.
Um comboio humanitário da ONU com oito caminhões conseguiu chegar a esta cidade com rações humanitárias, farinha e roupas quentes para cerca de 17.000 pessoas, além de quatro geradores elétricos para seus hospitais.
O exército russo disse nos últimos dias que quer concentrar seus esforços no leste do país, incluindo a região de Lugansk, onde Severodonetsk está localizado.
Gaidai também disse nas redes sociais que uma pessoa foi morta na terça-feira em um bombardeio na cidade vizinha de Rubizhne, cinco ficaram feridas e sete “retiradas dos escombros”.
“Sabemos que os russos estão se fortalecendo e se preparando para atacar”, disse um alto funcionário ucraniano à AFP na cidade de Krasnopilia, em Donbass. “Estamos prontos, preparamos algumas surpresas para eles ao longo do caminho.”
A Ucrânia acusou as tropas russas de atacar indiscriminadamente instalações médicas, áreas residenciais e abrigos antiaéreos desde que Moscou enviou tropas para a fronteira de seu vizinho pró-ocidental em 24 de fevereiro. A Rússia nega ter como alvo civis deliberadamente e acusou as forças ucranianas de usarem civis como escudos humanos.
(Com informações da AFP)
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