Perspectiva perturbadora dos direitos humanos na Colômbia apresentada pela Anistia Internacional

A organização de direitos humanos observou que existem situações graves no país devido ao conflito armado e às mobilizações sociais. Vários casos de homicídio, deslocamento, violência sexual, entre outros crimes são relatados

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19-05-2021 Manifestación durante el paro
19-05-2021 Manifestación durante el paro nacional indefinido contra el Gobierno en Colombia POLITICA SUDAMÉRICA COLOMBIA VIZZOR IMAGE

assegura o relatório apresentado pela Amnistia Internacional.

Ele acrescenta que os homicídios e as ameaças contra defensores dos direitos humanos aumentaram, principalmente para líderes sociais e afrodescendentes que também são vítimas de deslocamento.

A organização diz que “do ponto de vista dos direitos humanos, 2021 foi em grande parte uma história de traição e hipocrisia nas permanências do poder. Mesmo assim, a esperança de um mundo melhor após a pandemia foi mantida viva graças à coragem dos indivíduos, movimentos sociais e organizações da sociedade civil”, deve-se notar que, embora avalie o continente americano e o mundo inteiro, delimita as situações e condições vividas por último ano por país.

O relatório explica que os crimes de direito internacional e as violações dos direitos humanos, no contexto do “conflito armado prolongado”, aumentaram nos departamentos de Chocó, Cauca, Valle del Cauca, Nariño e Norte de Santander.

Eles dizem que 100.000 pessoas foram deslocadas à força durante 2021 e ressalta que, no contexto da Greve Nacional, houve várias queixas sobre o uso excessivo da força pelas forças de segurança, especialmente em Cali.

A Amnistia Internacional analisa as estatísticas apresentadas pela Fundação para a Liberdade de Imprensa, FLIP, que apontam para o perfil de pessoas que denunciaram, nas redes sociais, “a violência policial durante a Greve Nacional”, segundo os dados, a inteligência militar “perfilou pelo menos 57 jornalistas”, obter dados de sua localização e atividade de mídia social.

O relatório diz que, de acordo com a Campanha Defenda a Liberdade, 3.275 pessoas foram detidas “arbitrariamente” entre 28 de abril e 30 de junho. Eles contam o caso de Álvaro Herrera, Noé Muñoz e Sebastián Mejía que “foram espancados e detidos por civis armados e, posteriormente, passaram 24 horas sob custódia da Polícia Nacional em Cali. Álvaro Herrera e Sebastián Mejía relataram que foram submetidos a tortura e outros tratamentos cruéis e desumanos durante sua detenção”.

Outro ponto que a Amnistia Internacional alerta é a impunidade, referindo-se aos casos em que o PEC acusou 8 membros da antiga secretaria das FARC por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Também, no indiciamento de 25 ex-soldados que estão relacionados a 127 execuções extrajudiciais na região de Catatumbo, cometidas entre 2002 e 2003, além de outras 120 que supostamente ocorreram entre 2007 e 2008. Essas “baixas” foram apresentadas como falsos positivos.

O último caso para o qual se chama atenção especial, para que não permaneça impunemente, é o de Dilan Cruz, processo que foi transferido pelo Tribunal Constitucional dos tribunais militares para os tribunais ordinários.

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