Na terça-feira, o Registro Civil Nacional enviou um relatório técnico ao Ministério Público e à Procuradoria-Geral da República na terça-feira, que mostraria supostas irregularidades dos júris votantes durante as eleições legislativas questionadas realizadas em 13 de março.
O documento produzido pela organização eleitoral relata inconsistências em 5.109 postos de votação em todo o território nacional, nos quais erros foram arquivados no preenchimento dos formulários E-14 e foi enviado aos órgãos estaduais para determinar possível responsabilidade criminal ou disciplinar em que possa ter sido incorrido.
“De acordo com uma análise realizada pela Direção Nacional do Censo Eleitoral e pela Gerência de Computadores do Registro Nacional de todos os formulários E-14 de delegados que foram preenchidos nas assembleias de voto das eleições passadas para o Congresso da República, verificou-se que 22.255 tiveram inconsistências que vão desde contrárias às instruções dadas durante o treinamento realizado pela entidade”, disse o cartório.
Ele também observou que na análise, que ocorreu quase um mês após a realização das eleições contestadas, irregularidades foram detectadas no processamento de registros de votação relatando votos como o “uso de asteriscos em células onde a votação por candidatos ou partidos não foi registrada” ou o “uso de listras, cruzes, cruzes, linhas, entre outros ao longo do formulário, dificultando a identificação do voto de candidatos ou partidos”.
Da mesma forma, o secretário indicou que erros de processamento foram identificados nos três órgãos do E-14 (delegados, clavers e transmissores), bem como formulários em que os júris registraram o código do candidato, no local onde o número de votos deveria ter sido referido ou em que eles fizeram correções aos erros cometidos na diligência do voto.
Ao mesmo tempo, foram identificados formulários de transmissão emitidos com zero votos ou que haviam riscado votos já concluídos, o que mostraria que, uma vez inseridos os dados aos candidatos, eles foram riscados para que não pudessem ser transmitidos (ou que a ausência de assinaturas foram identificadas nos formulários, o que causaria a invalidação da agência).
Este relatório do secretário foi apresentado duas semanas após a entidade e o registrador nacional terem sido questionados por diferentes partidos políticos, candidatos e setores da sociedade civil, que argumentaram que havia muitas dúvidas sobre a legitimidade do processo eleitoral do Congresso em que milhares de irregularidades, como a entidade observou até agora.
Este documento também foi anunciado cinco dias depois que o registrador Alexander Vega confirmou as alterações nos formulários E-14 criticados para o primeiro turno presidencial e um dia depois que se soube que uma audiência será realizada em frente ao processo que visa derrubar o funcionário fora do cargo.
CONTINUE LENDO: