Ministério Público recebe alerta por possível ataque à promotora Angélica María Monsalve

Os eventos ocorreram depois que o oficial judicial convocou os empresários Carlos e Javier Ríos Velilla, e seu sobrinho, Felipe Ríos Londoño, ex-vereador de Bogotá para a acusação

Guardar
Foto de archivo. Fachada de la sede de la Fiscalía General de Colombia en Bogotá, Colombia, 12 de febrero, 2020. REUTERS/Luis Jaime Acosta
Foto de archivo. Fachada de la sede de la Fiscalía General de Colombia en Bogotá, Colombia, 12 de febrero, 2020. REUTERS/Luis Jaime Acosta

O Gabinete do Procurador-Geral da Nação recebeu um alerta da Unidade Especial de Investigação Siu-dijin assegurando que haveria um plano para atacar Maria Angelica Monsalve. A Polícia Nacional informou ao judiciário que “uma organização criminosa pretende realizar um possível ataque para afetar a integridade física” do promotor delegado aos juízes de circuito da Diretoria Seccional de Bogotá.

Assim que o alerta chegou, o Ministério Público informou o funcionário da situação o mais rápido possível. Ele também atribuiu um esquema de segurança a Monsalve imediatamente, preventiva e extraordinariamente através do Departamento de Proteção e Assistência do Judiciário.

No comunicado emitido pelo Ministério Público, foi reiterado à opinião pública que, “não aceita qualquer interferência no exercício da função dos seus procuradores e protege sempre todos os seus servidores de situações que põem em perigo a sua vida e integridade”.

As razões por trás da ameaça

O alerta da Polícia Nacional ocorre depois que o promotor convocou os empresários Carlos e Javier Ríos Velilla, e seu sobrinho, Felipe Ríos Londoño, para a acusação.

De acordo com as declarações do promotor, Carlos e Francisco Ríos seriam os verdadeiros proprietários de uma empresa que ficou com um concurso milionário para a cobrança da TransMilenio. Isso teria acontecido quando Felipe Ríos governou como vereador de Bogotá, a cidade em que o sistema de transporte de massa opera.

A questão é complicada, pois Alberto Ríos Velilla, renomado empresário colombiano, próximo ao líder da Mudança Radical Vargas Lleras e marido do jornalista Darcy Quiin, contatou o ex-procurador-geral Néstor Humberto Martínez para interceder no assunto.

Martínez teria conversado com o reitor da Universidade Sergio Arboleda, Rodrigo Noguera, para convencer Monsalve a não cobrar os Rios. Essa conversa ficou conhecida na W Radio, e o promotor se recusa a ajudá-lo e afirma que seria “tráfico de influência”.

Por sua vez, em 1º de abril, Néstor Humberto Martínez garantiu que não interveio para organizar um encontro entre a promotora Angélica Monsalve e o acusado. Ao mesmo tempo, ele esclareceu que enviou ou entregou “um papel” sugerindo ao funcionário que não havia motivo para tal acusação. O ex-procurador ressaltou que só facilitou a nomeação, na qual, diz, não compareceu.

“Nunca houve uma “cúpula” entre Alberto Ríos, Rodrigo Noguera e o assinante. Nem falei sobre isso com a Dra. Catalina Noguera”, disse o ex-promotor em um comunicado à imprensa enviado a vários meios de comunicação.

Em contexto: Néstor Humberto Martínez nega tráfico de influência no caso do ex-vereador Felipe Ríos

Recorde-se que o Ministério Público informou que Angélica Monsalve Gaviria foi realocada devido às necessidades do serviço na Diretoria Seccional de Putumayo por meio da Resolução nº 1232, de 14 de março de 2022, na qual o servidor interpôs recurso de substituição em 29 de março de 2022.

Diante da transferência, alguns apontaram que o evento foi uma retaliação; no entanto, o Ministério Público afirmou que foi devido às necessidades do serviço, assim como os 3.000 funcionários que o realizaram durante a administração do Ministério Público Barbosa. Eles também indicaram que, em relação ao caso Monsalve, continuará com ele: “Nunca consideramos a possibilidade de variar a respectiva alocação”, acrescentou o órgão judicial.

CONTINUE LENDO:

Guardar