A oposição venezuelana exigiu perante a ONU a libertação dos “presos políticos”

Juan Pablo Guanipa disse que os presos estão procurando processos judiciais justos, assistência médica, comida porque “eles nem mesmo permitem que as famílias obtenham sua comida.

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El opositor venezolano Juan Pablo Guanipa, en una fotografía de archivo. EFE/Miguel Gutiérrez
El opositor venezolano Juan Pablo Guanipa, en una fotografía de archivo. EFE/Miguel Gutiérrez

O opositor venezuelano Juan Pablo Guanipa, juntamente com um grupo de cidadãos, protestou esta terça-feira perante o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Caracas, para exigir total liberdade aos presos políticos.

“Hoje chegamos à sede do PNUD em Caracas para acompanhar os presos políticos e suas famílias. Quando uma pessoa está presa, sua família está presa, quando ela não tem acesso à justiça, os processos são atrasados, quando ela não tem acesso a alimentos ou saúde, todos os seus direitos são violados”, disse Guanipa, citado em um comunicado à imprensa.

O opositor indicou que os antichavistas não pararam de prestar atenção ao desenvolvimento de cada caso de detenção “arbitrária” no país por razões políticas.

“Estamos aqui para acompanhá-los, para que não se sintam sozinhos, para que sintam que existe um país que tem que acordar para a situação que a Venezuela vive, que não podemos resolver, que não podemos resignar-nos (...) que a luta deve ser intensificada para que os presos políticos voltem aos seus casas, algumas com 18 anos de prisão”, acrescentou.

O ex-deputado disse que procura lutar para que esses presos tenham processos judiciais justos, assistência médica, alimentação porque “eles não permitem que as famílias levem sua comida para eles, mas, em última análise, para que possam ser livres, e nunca devem ser presos”.

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“Também estamos a conversar com aqueles que estão em processo de retoma das negociações (com o Governo de Nicolás Maduro) para que um ponto importante seja a libertação de todos os presos políticos, que as condições eleitorais surjam dessa negociação, mas que a dignidade humana dos presos políticos também possa ser alcançado respeitado”, frisou.

Guanipa disse esperar que a Procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) seja aberta na Venezuela, a fim de documentar cada um dos casos, dos “presos políticos”, dos “perseguidos”, dos exilados e de quem se sinta “vítima” do regime de Maduro.

Em 31 de março, o procurador do TPI, Karim Khan, anunciou em Caracas que o órgão que lidera abrirá um escritório na Venezuela, na sequência de um acordo alcançado com o presidente Nicolás Maduro, com quem manteve várias reuniões há alguns dias, quando viajou para o país caribenho depois de ter sido convidado pelo regime de Maduro.

Khan, cuja visita não foi anunciada à mídia, apareceu na televisão pública VTV para relatar o progresso no relacionamento com a Venezuela, desde novembro passado ele decidiu abrir uma investigação sobre o país caribenho para avaliar se crimes contra a humanidade ocorreram, como denunciado pelo oposição e várias organizações.

O caso remonta a 2018, quando o Ministério Público do TPI iniciou um exame preliminar para a suposta prática de crimes contra a humanidade, desde pelo menos abril de 2017, durante manifestações em todo o país.

(Com informações da EFE)

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