A Confederação dos Empregadores da República Mexicana (Coparmex) pronunciou-se sobre a discussão da inconstitucionalidade da Lei da Indústria Elétrica (LIE) no Supremo Tribunal de Justiça da Nação (SCJN), exigindo que os ministros “honrem seu juramento de cumprir e fazer cumprir o que o Mandatos da Constituição” e não ceder à pressão política para aprovar a nova legislação
Em comunicado, a Coparmex convocou a mais alta corte do país a basear sua definição no texto estabelecido na Constituição Política dos Estados Unidos Mexicanos e no Acordo de Livre Comércio com os Estados Unidos e Canadá, o T-MEC.
“Nesta discussão de grande relevância para o país devido ao impacto do LIE nas esferas econômica, social e de saúde, nós da Coparmex pedimos aos Ministros que honrem seu juramento de cumprir e fazer cumprir o que é mandatado pela Constituição e que evitem validar reformas às leis secundárias sobre eletricidade que são contrárias ao texto atual da nossa Magna Carta”, enfatizou o texto.
O empregador ressaltou que o observatório cidadão Guardiões da Constituição, do qual a Coparmex participa, reitera que o LIE é claramente inconstitucional, “porque viola a livre concorrência, afeta o cumprimento dos tratados internacionais contratados pelo México em economia e questões ambientais e introduz insegurança jurídica no investimento, por isso os ministros devem analisar e determinar sua posição em estrita conformidade com o texto atual da Constituição”, ressaltou.
A Coparmex salientou que já existe um precedente significativo, uma vez que o SCJN já definiu a inconstitucionalidade do decreto elétrico.
“Fê-lo quando analisou a primeira tentativa do Executivo Federal de modificar as regras do setor elétrico, ou seja, o Acordo publicado pelo Ministério da Energia em maio de 2020, para estabelecer a 'Política de Confiabilidade, Segurança, Continuidade e Qualidade no Sistema Elétrico Nacional'.”
A Confederação dos Empregadores lembrou que a Confederação da Concorrência Económica (Cofece) apresentou uma disputa constitucional contra aquele Acordo, pelo que em fevereiro de 2021 a Segunda Turma da SCJN — com quatro votos a favor e um contra o ministro Yasmin Esquivel — invalidou 22 votos essenciais disposições desse acordo, considerando que os poderes da Cofece foram invadidos, o direito à livre concorrência não foi garantido e foram concedidas vantagens ao CFE.
O texto observou que mais tarde, em 1º de novembro do mesmo ano, a mesma segunda câmara da SCJN emitiu seu julgamento final de inconstitucionalidade da Política de Confiabilidade do sistema elétrico, considerando que violava as regras de livre concorrência e concorrência econômica.
A este respeito, apontou a Coparmex, reiteramos o apelo aos Ministros da SCJN para que realizem esta semana para “agir de acordo com seu compromisso de fazer cumprir a Constituição, não ceder à pressão política e evitar questionar a autonomia, legalidade e transparência do Supremo Tribunal Federal de nosso país, porque isso ameaçaria a divisão saudável de poderes e o estado de direito”, concluiu o texto.
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