Preços dos alimentos em Lima: custo de vegetais e mantimentos aumenta devido à paralisação do transporte

Apesar dos acordos entre o sindicato dos transportes e o governo, os preços de primeira necessidade são altos.

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Os preços dos vegetais e mantimentos são os que mais subiram diante da greve dos transportes que começou na segunda-feira, 28 de março. Apesar dos acordos e conversas entre os sindicatos desses setores, o aumento da cesta básica da família continua aumentando dia após dia.

Infobae Perú visitou o mercado “El Tambo”, localizado no distrito de Carabayllo, este centro de coleta por atacado, tem como objetivo distribuir vegetais, frutas e carnes para outros centros de abastecimento nas áreas.

Durante nosso passeio, foi possível ver que há de fato um aumento nos preços. De acordo com os próprios comerciantes, isso está mudando todos os dias. Por exemplo, na sexta e no sábado o quilo de alho custou 6 solas, neste domingo o preço variou para 10 solas. O mesmo acontece com o limão, agora o quarto dessa fruta cítrica custa 2 solas.

Neste mercado você pode encontrar cebolas entre 2 solas a S/1,50, o mesmo acontece com o preço das batatas amarelas e brancas. Algo que os comerciantes repetiam constantemente, é que os produtos que estão chegando estão muito maduros e estão em tamanhos pequenos.

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“Isso realmente não afeta apenas quem vem comprar, afeta todos os comerciantes. Por mais que queiramos ajustar os preços, não podemos porque todos os dias eles sobem e não caem. As pessoas quase não compram mais por quilos, elas vêm perguntar sobre os quartos. É por isso que agora temos que colocar o preço por quarto em nossas pranchas e eles ainda ficam assustados”, disse Cecilia Aragón, vendedora deste centro de alimentação da Infobae Perú.

“Estamos trazendo tudo o que podemos das fazendas Canta e Yangaz porque é a coisa mais próxima de Carabayllo. Batata, tomate, couve-flor, alface, mas ainda é caro porque os caminhoneiros nos dizem que a gasolina está pelo teto”, acrescentou.

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FALTA DE VEGETAIS

Uma grande preocupação para os comerciantes é que certos vegetais não estão chegando à capital, por exemplo, cenoura e espinafre. Eles apontaram que até sexta-feira eles receberam esses vegetais, mas a um preço muito alto.

“Vendemos o quilo de cenoura para 20 solas e o pacote de espinafre não ficou abaixo de 12″, explicou Julio Ramos, comerciante neste mercado.

“Hoje, domingo, não chegaram muitos vegetais e isso não seria útil para nós, porque as pessoas não estão comprando. Tivemos que vender uma cenoura por 2 solas ou S/. 2,50. A alverja, sem falar, eram 6 solas e agora custa 18 solas. As pessoas pensam que somos maus e que aproveitamos, mas entendem que também temos famílias para sustentar. Não aumentamos os preços porque queremos, vendemos caixas muito caras e com o desemprego pior. Vegetais muito maduros estão chegando até nós e estamos nos prejudicando”, acrescentou.

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AUMENTO DE PREÇOS EM EL POLLO

Continuando nossa jornada, pudemos perceber que o preço do frango neste mercado atacadista oscila entre S/. 9,80 e 10,50, varia entre o tamanho e as aves que vêm distribuir.

“O frango subiu. O preço do milho custa 2 solas, agora são 5 solas. É por isso que as empresas avícolas agora nos deixam a esse preço e que, nos disseram que ele aumentará para 12 solas. O quilo do ovo custa S/ 7,80 e a galinha 17. A verdade é que não podemos dizer nada porque todos os dias ele sobe e os preços mudam”, disse Rosa Mantilla, vendedora.

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FRUTAS BATIDAS E MADURAS

Outro problema para os comerciantes é que vegetais e frutas estão chegando batidos e muito maduros, embora o preço não esteja caindo. A maioria das frutas vem de Tingo María, Chanchamayo e Huaral e após a paralisação das transportadoras, isso está afetando muito os peruanos.

Por exemplo, o preço do maracujá custa 3 solas, o preço do mamão é de 7 solas. O quilo do abacaxi custou 3 solas e agora são 6 solas. O morango não desce de 7 solas, tangerina 5 solas.

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“Não estamos trazendo muitas frutas porque as pessoas não compram mais e se carregam, é só pelos trimestres. A fruta está nos estragando por causa do calor. Não sabemos o que fazer porque vivemos disso e se as pessoas não nos compram como alimentamos nossas famílias. O governo já deve fazer algo não apenas por 5 dias. Precisamos de estabilidade”, disse Lorena Aguilar, comerciante.

CARNE E PEIXE

Antes de concluir, queríamos rever o preço dos açougueiros, pois dizem que os preços também aumentaram. O preço do lombo varia entre 26 e 28 solas. No caso da carne moída, pode ser encontrada em 14 e 16 solas.

“A carne está subindo há semanas, as pessoas não estão comprando. Em apenas 4 bifes as pessoas pagam uma média de 16 a 18 soles, imagine se você é um grande membro da família”, disse Pedro Robles, atacadista neste mercado.

“Essa situação é lamentável, estamos sofrendo muito e peço ao presidente Castillo que faça algo, ele não pode nos deixar assim. Dependemos disso, há negócios que estão falindo”, acrescentou preocupado.

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Há alguns dias, o ministro Aníbal Torres sugeriu à população que, diante do aumento do frango, eles agora consomem peixe. No entanto, o preço dessa carne marinha também aumentou entre 1 e 2 solas.

Lembremos que no sábado passado o governo e o Ministério da Economia e Agricultura assinaram acordos para ajudar a conter e baixar os preços dos principais alimentos básicos e, como primeiro passo, foi dada uma trégua de cinco dias para suspender a greve na cidade de Huancayo.

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O QUE VOCÊ PRECISA SABER

Se você quiser corroborar os preços, o Ministério da Agricultura tem uma ferramenta para saber o valor dos vegetais no atacado, frutas e muito mais. Você só precisa entrar AQUI para obter mais informações.

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