O tema do horário de verão, que será aplicado hoje à noite, é um tópico que está na boca de todos quando se trata de trocar de relógio e gera todo tipo de discussão.
Poucas personalidades se manifestaram contra a medida devido às supostas repercussões no corpo das pessoas, alterando o número de horas em que descansam, os ritmos aos quais precisam se ajustar e até a disponibilidade de luz em nossos dias.
Entre as pessoas que condenaram esta medida está o polêmico deputado pelo Partido Trabalhista (PT), Gerardo Fernández Noroña, que apontou que ela deve ser alterada devido a distúrbios do sono e aumentar a punição de fadiga que causa às pessoas, bem como coração distúrbios do ritmo, irritabilidade ou mudanças de humor.
No entanto, ele não foi o único a propor a medida, como apontou o presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) em 2020 sua eliminação, mas anunciou que ela não poderia ser realizada até que os estudos apropriados fossem realizados, o que seria realizado por Rocío Nahle, Secretário de Energia.
Mas deve-se esclarecer que esta não é a primeira vez que o presidente busca eliminar essa mudança temporária, pois enquanto atuava como Chefe de Governo de 2000 a 2005, procurou promover um decreto no extinto Distrito Federal.
A AMLO tentou impedir que a mudança ocorresse em 2001, emitindo um decreto. Embora não tenha sido endossado pelo governo federal.
Ele argumentou que não deve ser alterado por causa dos efeitos negativos sobre a saúde dos habitantes da Cidade do México, bem como nacional e internacionalmente, e que colocou em risco a segurança e a economia da sociedade.
O agora primeiro presidente da nação preparou uma consulta entre os cidadãos por meio de telefonemas. De acordo com os resultados que apresentou na ocasião, cerca de 300.000 cidadãos foram consultados, dos quais 75% responderam que não concordavam com a mudança de horário e 15% a favor.
Os resultados foram apresentados ao Supremo Tribunal de Justiça da Nação (SCJN) para disputar a decisão do executivo federal observando que não consultou as entidades.
Mas esse não transcendeu. O horário de verão foi aplicado e a SCJN reafirmou que a emenda dependia dos legisladores, então o chefe de governo teve que cumpri-la, embora não deixando de se proclamar contra ele e argumentando que se tratava de uma medida arbitrária que apenas respondia aos interesses das finanças.
O horário de verão começou a ser aplicado em todo o país em 1996 durante o governo do PRI Ernesto Zedillo, com o objetivo de economizar eletricidade e aproveitar a luz natural. Ao mesmo tempo, reduziria os recursos usados para sua produção.
Mas também serviu ao propósito de manter alguma sincronização entre as atividades econômicas com o governo dos EUA, um dos principais parceiros do país. Dessa forma, as atividades nos serviços alfandegários de fronteira e a operação de pontes de fronteira andariam de mãos dadas.
Embora nos últimos dias os Estados Unidos também propusessem a eliminação da mudança de horário para permanecer apenas no verão, que será discutido em 2023. Isso também explica que o México planeja seguir esse exemplo.
A análise proposta pelo presidente em 23 de março avaliará se a alteração dos fusos horários trouxe benefícios energéticos, determinando se continuará a ser aplicada.
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