Parada de transportadores de carga pesada: as consequências econômicas e as perdas milionárias que essa paralisação está deixando

O especialista estima que cerca de 1500 a 1600 milhões de soles estão sendo perdidos por dia em todo o Perú devido ao desligamento de transportadoras em mais de 10 regiões.

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Seis dias atrás, começou a greve de transportadores de carga pesada, que têm sido exigentes nas ruas para o aumento de combustíveis e a cesta básica regular. Isso, em termos econômicos, prejudicou as transportadoras, os agricultores e os consumidores, pois os principais produtos são subabastecidos e com preços altos.

Mesmo que essa guilda tenha decidido dar ao governo de Pedro Castillo uma trégua de cinco dias, após a onda de violência e saques que Huancayo trouxe consigo nos últimos dois dias, os produtos ainda não chegam aos seus destinos, fazendo com que o país sofra milhões de dólares em perdas. E quais são essas consequências e quanto é a perda?

Para o economista e advogado, Ricardo Moscoso, um dos principais efeitos que esta paralisação do transporte está trazendo é para o consumidor, pois diz que há 26 anos não havia havido inflação igual de preços. Esse aumento se deve ao conflito que vem acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia.

“Todos os produtos ligados à cesta básica regular, como frango, farinha, milho, etc. estão tendo um impacto negativo nos alimentos e estão sendo observados com maior impulso no Perú, como resultado da invasão russa da Ucrânia. Há um aumento nos preços dos alimentos em 3,5%, disse.

Além disso, a perda monetária do país é enorme, diz Moscoso que aproximadamente 1.500 a 1.600 milhões de soles por dia estão sendo perdidos.

É incalculável, mas, em geral, 2/3 da mercadoria não está chegando aos locais onde deve chegar, especialmente nas grandes cidades e isso é prejudicial não só para toda a cadeia produtiva, mas também para o mesmo consumidor que não tem produtos que eles podem consumir”, disse.

Em termos de consumo, isso não afeta apenas a região metropolitana de Lima, mas outras cidades como Cusco e Arequipa, que também têm escassez de produtos e suprimentos, como cebola, tomate e outros que garantem a subsistência dos cidadãos.

O caos no atacado está atingindo 1/3 do que normalmente é consumido, há uma redução de aproximadamente 2/3 da renda de bens em produtos de necessidade, disse.

De acordo com cálculos feitos desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, o preço do combustível deveria subir, e não se sabia que impeachment os Estados Unidos e a OTAN teriam.

O estado peruano deve interromper a variação percentual dessas variáveis macroeconômicas em relação aos combustíveis e ao uso de energia no mercado internacional, pois dependemos da importação de recursos, e isso também significou que as forças naturais não estavam preparadas para os efeitos que são estar tendo no mercado”, acrescentou o especialista.

Além disso, Moscoso comentou que o Estado fez ouvidos moucos a essa demanda por desemprego. “O Governo considerou que as críticas eram dos opositores e não se apercebeu de que, de facto, vieram daqueles que são mais afetados pelo aumento do cabaz básico e pelos fenómenos inflacionais em geral”, disse.

Além disso, considerou que o Governo não foi muito cauteloso, devido à crise política interna que vinha acontecendo entre os Executivo e Legislativo.

“Esta semana a questão da vaga foi mesmo dada a Castillo, ele foi bem poupado, mas a concentração de todas as forças e habilidades que o Executivo deve implementar para resolver esta crise, foi bastante concentrada em atividades de natureza política que prejudicam o Estado porque precisamos de políticas necessárias estabilidade para enfrentar isso”, confirmou.

Por outro lado, o especialista complementou a ideia mencionando que existem instituições independentes que estão fazendo sua tarefa, como o Central Reserve Bank. Eles estão tentando antecipar as possíveis contingências que estão passando, por exemplo, para elevar a taxa de juros diante de uma possível recessão, concluiu.

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