Motociclistas pedem mobilização para amanhã, 4 de abril, na cidade de Bogotá

A manifestação seria contra a decisão da prefeita Claudia López de proibir churrasco em motocicletas nos fins de semana na cidade

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Bogotá ficou confusa nas últimas semanas devido ao lamentável ataque cometido por dissidentes das FARC contra o CAI de Arborizadora Alta, na cidade de Ciudad Bolívar, que deixou um número trágico de 2 menores mortos, uma menina de 5 anos e um menino de 12 anos.

Essa situação forçou o prefeito da capital e o presidente Iván Duque a realizar um conselho de segurança. Lá, uma das decisões tomadas e comunicadas pela presidente Claudia López foi a restrição do parillero às motocicletas às sextas, sábados e domingos, das 19h às 4h Segundo o prefeito, a restrição que entrará em vigor a partir de 11 de abril destina-se a ajudar na segurança do Bogotá.

“Caros Bogotanos, a grande maioria dos roubos, homicídios, os crimes mais graves que ocorrem em nossa cidade, ocorrem nesses três dias naquele momento. Os dois ataques terroristas que tivemos em nossa cidade este mês ocorreram apenas no sábado à noite”, disse o prefeito López.

Mas essa decisão não foi muito boa para os motociclistas que já anunciaram mobilizações contra a determinação do prefeito de Bogotá. Precisamente amanhã, segunda-feira, 4 de abril, ocorrerá a mobilização que começará às 12 horas na Biblioteca Virgilio Barco.

Movilización moteros, imagen tomada de Twitter.

A guilda de motocicletas apontou como arbitrária e estigmatizante, considerando que a decisão não influenciará uma questão tão complexa quanto a segurança, mas afetará vários motociclistas que têm seu meio de transporte como única base.

Miguel Forero, líder do grupo SOS Cultura comentou: “Estigmatizar uma guilda que fez muito bem aos cidadãos, que para poucos não pode rotular todos como criminosos porque eles se movem em uma motocicleta”.

Forero também apontou a medida do prefeito como insuficiente, uma vez que eles não têm impacto direto na segurança: “É injusto. Essa restrição ataca um veículo de transporte, não a insegurança. O ladrão não desce da moto e deixa de cometer um crime, mas vai para outro meio para continuar roubando”.

O Ministério dos Transportes da Colômbia e a Agência Nacional de Segurança Rodoviária (ANSV) estão trabalhando em uma série de resoluções que imporiam algumas especificações técnicas obrigatórias sobre a venda de motocicletas novas no país, bem como requisitos adicionais para a aquisição de uma carteira de motorista.

Os dois projetos projetados para motocicletas buscam reduzir a taxa de mortalidade de motociclistas em acidentes de trânsito nas estradas do país. De acordo com a ANSV, 59% das mortes ocorreram em motocicletas. Além disso, ao isolar dados de 14 dos 32 departamentos da Colômbia, esse agente da estrada colocou 70% dos mortos nas ruas.

“A regulamentação técnica dos veículos é um dos desafios fundamentais que enfrentamos no governo do presidente Iván Duque, a fim de aumentar as demandas sobre as características dos veículos, neste caso, a das motocicletas, uma vez que é um dos atores rodoviários mais vulneráveis e o que queremos é continuar desenvolvendo estratégias que nos permitirão salvar vidas nas estradas”, disse Angela María Orozco, ministra dos Transportes.

De acordo com o documento, as novas motocicletas montadas na Colômbia ou importadas do exterior devem ter um sistema de freios com sistema de frenagem antibloqueio (ABS) ou sistema de frenagem combinado (CBS). Esse requisito, que é um padrão internacional, seria verificado por um órgão de certificação credenciado e tornado essencial para a nacionalização de motocicletas importadas.

No entanto, o Ministério alerta que, uma vez promulgada esta resolução, os vendedores não devem lidar com os freios das motocicletas atualmente à venda, porque a operação do veículo pode ser comprometida. Eles são enfáticos que o padrão só se aplica a motocicletas novas, montadas na Colômbia ou no exterior.

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