Minsalud mudará a vacina pneumocócica em todo o país por uma mais eficaz

O anúncio foi feito para acomodar as recomendações do Comitê Nacional de Práticas de Imunização, após mudanças nos tipos de bactérias que geram infecções.

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O Ministério da Saúde e Proteção Social acolheu as recomendações do Comitê Nacional de Práticas de Imunização, que indicavam a necessidade de mudar o biológico utilizado para vacinar contra o pneumococo, passando de PCV10 para PCV13.

“A mudança da vacina ocorre porque as evidências científicas fornecidas pelo Comitê mostram que a vacina PCV13 tem um espectro maior de cobertura contra os diferentes sorotipos de bactérias causadoras da doença pneumocócica”, explicou Germán Escobar, vice-ministro da Saúde Pública e Prestação de Serviços.

Ele ressaltou que, embora a imunização com PCV10 tenha sido eficaz, não apenas na Colômbia, mas em outros países da América Latina e Caribe, a decisão é tomada a fim de reduzir qualquer risco de doença sorotipo que seja garantida para ser coberta pelo PCV13.

A epidemiologia do pneumococo é dinâmica e é por isso que as vacinas conjugadas contra essa bactéria são muito úteis para reduzir a incidência, devido aos sorotipos incluídos em cada uma delas.

A renovação de sorotipos é um fenômeno biológico presente em todos os países, o que tem sido observado com a introdução de vacinas conjugadas. “Quando o agente infeccioso encontra proteção, ele procura formas de mutação, o que afeta a gravidade da doença e a resistência antimicrobiana”, disse.

O responsável acrescentou que a mudança de biológico não implica uma mudança na aplicação deste, que é mantida por 2 meses, 4 meses e 12 meses após o nascimento da pessoa.

Além disso, ele especificou que, se o menor iniciou seu esquema vacinal com PCV10, ele deve encerrá-lo com esse mesmo biológico, uma vez que não há evidências conclusivas que indiquem a conveniência, possibilidade e baixo risco de combinar diferentes biológicos. Portanto, apela à vacinação do IPS para administrar apenas a vacina pneumocócica PCV13 para novos esquemas.

Deve-se notar que o pneumococo é uma doença do trato respiratório, causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae (estreptococo), de modo que os diferentes tipos de doenças desenvolvidas por esta bactéria incluem infecções, meningite e pneumonia. É por isso que a vacina é recomendada pelo setor da saúde, devido à sua eficácia na redução do risco de complicações ou hospitalização, especialmente para as populações mais suscetíveis.

“Com base nas diferenças antigênicas capsulares, mais de 90 sorotipos foram identificados, um número limitado dos quais causa doença pneumocócica invasiva. A identificação dos sorotipos tem variado de acordo com a região geográfica, idade e período de estudo; 6 a 11 dos sorotipos mais comuns causam aproximadamente 70% de todas as infecções invasivas em crianças no mundo”, evidenciou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

De acordo com a OPAS, o pneumococo é o segundo agente de pneumonia adquirida na comunidade (PAC) que requer hospitalização, depois do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Ele também garantiu que mais de 95% de todos os episódios de pneumonia clínica e mais de 99% das mortes por pneumonia sofridas por crianças menores de 5 anos em todo o mundo ocorrem em países de baixa e média renda. Ao mesmo tempo, nesses países, as infecções respiratórias agudas, como a PAC, são as principais causas de hospitalização e morte em crianças menores de 5 anos.

No caso das Américas, a organização estimou a incidência de infecção pneumocócica em 358 casos por 100.000 crianças (301-441) em 2015 e ver o pneumococo causou 5700 mortes. Ele destacou que desde 2000 a vacina pneumocócica conjugada (PCV) foi introduzida na Região e, em dezembro de 2019, 37 países e territórios da Região já possuem uma das duas vacinas pneumocócicas em seus programas regulares.

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