Gustavo Petro apresentaria sua renúncia ao Senado nos próximos dias

O líder da oposição e candidato presidencial do Pacto Histórico está realizando uma visita junto com sua fórmula vice-presidencial, a ambientalista Francia Márquez aos quatro municípios limítrofes da Colômbia

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Colombian left-wing presidential candidate Gustavo Petro, of the Pacto Historico (Historic Pact) coalition, speaks during an election debate at the Externado University in Bogota, Colombia March 29, 2022. REUTERS/Luisa Gonzalez
Colombian left-wing presidential candidate Gustavo Petro, of the Pacto Historico (Historic Pact) coalition, speaks during an election debate at the Externado University in Bogota, Colombia March 29, 2022. REUTERS/Luisa Gonzalez

O presidente do Congresso colombiano, Juan Diego Gómez, informou que recebeu informações que confirmariam que nos próximos dias o líder da oposição e candidato presidencial ao Pacto Histórico, Gustavo Petro, renunciaria ao seu assento no Senado da República.

O senador do Partido Conservador confirmou à mídia nacional Semana que os rumores da renúncia do candidato à presidência da Colômbia, que lidera as pesquisas por intenção de voto e atualmente está em turnê com sua fórmula vice-presidencial, a ambientalista Francia Márquez, chegaram ao seu gabinete para os quatro municípios que fazem fronteira com o território nacional.

“Não, nenhum cargo chegou ainda, eles me anunciaram que provavelmente será apresentado nos próximos dias ou semanas, mas ainda não chegou”, disse o parlamentar à mídia, esclarecendo que, se Gustavo Petro ainda estivesse no Congresso, deveria cumprir os regulamentos que estabeleceram o natureza obrigatória da participação nos debates. O não cumprimento deste requisito levaria a uma ação disciplinar no Gabinete do Procurador-Geral.

Deve-se enfatizar que essas demissões já foram apresentadas por outros senadores que tomaram posse. Em 2018, Iván Duque solicitou a retirada do cargo em 10 de abril e concorreu à campanha que o levou ao Palácio Nariño. No entanto, ao contrário de Duque, Petro não seria substituído, já que seu assento no Senado foi entregue pessoalmente pelo Estatuto da Oposição, não em nome de um partido.

O candidato presidencial, que na pesquisa mais recente realizada pelo Centro Nacional de Consultoria para a Semana alcançou uma intenção de voto de 36,5 por cento, visitou o município de Puerto Carreño, Vichada, no extremo leste da Colômbia, onde foi acompanhado por um grande número de cidadãos horas antes embarcando em sua viagem para a fronteira sul do país.

“Letícia será uma das capitais mundiais da vida, o centro do conhecimento amazônico e o palco central para a recuperação da floresta amazônica para a sustentabilidade da humanidade”, disse Gustavo Petro, da capital do estado do Amazonas, onde avança sua jornada pelas quatro pontos cardeais, no meio de sua campanha que se sobrepõe às suas funções na legislatura.

Em 29 de maio, os colombianos poderão exercer seu direito de voto e escolher quem será o próximo presidente do país nos próximos quatro anos. Dois candidatos aparecem como os grandes adversários eleitorais a vencer, Gustavo Petro do Pacto Histórico e Federico Gutiérrez da Equipe para a Colômbia, que nas últimas semanas lideraram as listas de votação nas últimas semanas. Embora o candidato de esquerda e senador tenha uma margem superior, não seria suficiente para prevalecer no primeiro turno.

De acordo com a pesquisa mais recente realizada pelo Centro Nacional de Consultoria para a Semana, as eleições seriam definidas no segundo turno, cenário em que, embora Gustavo Petro lidere a intenção de voto, Federico Gutiérrez conseguiria estar com apenas três pontos de diferença, o equivalente a cerca de 315 mil votos. As próximas eleições presidenciais poderiam, de acordo com pesquisas e estudos, ser as mais apertadas da história do país.

De acordo com a pesquisa da mídia, no primeiro turno Gustavo Petro teria 36,5% da intenção dos cidadãos de votar, enquanto Federico Gutiérrez alcançaria 24,5%. Embora a margem entre os dois candidatos seja ampla e o candidato do Pacto Histórico tenha conseguido aumentar os números (de 32,1% para 36,5%), não seria suficiente vencer nas eleições de 29 de maio, onde precisaria de 50% mais um voto.

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