Eles apontam o irmão do Registro Nacional por entregar terras nas Ilhas Rosário ao chamado czar contrabandista Alaín Suaza

A Subdiretoria de Administração da Agência Nacional de Terras, encarregada de Campo Elías Vega, lhe proporcionou esse benefício

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No início de dezembro do ano passado, o país ouviu a notícia de que Alaín Suaza, até então um renomado empresário, foi capturado pelas autoridades do país por supostamente ter mercadorias contrabandeadas para a Colômbia por 840 bilhões de pesos. A diligência judicial ocorreu quando Suaza estava indo para a propriedade Majayura, em Islas del Rosario, que foi dito estar no comando, depois que a Agência Nacional de Terras alugou para ele.

Bem, na reportagem da televisão Noticias Uno, eles descobriram que esse benefício lhe foi concedido pelo Diretor Adjunto de Administração dessa entidade estatal, chefiada por Campo Elías Vega, irmão do Registro Nacional de Estado Civil, Alexander Vega.

Na investigação deste meio de comunicação, soube-se que, além deste site, mais 17 foram entregues a indivíduos, sem seus respectivos planos de gestão ambiental e gerenciamento de resíduos para evitar danos ambientais naquela área de Cartagena.

Nessa notícia, eles consultaram Diego Trujillo, ex-procurador do Meio Ambiente, que lembrou que esse território é de proteção especial.

“As Ilhas do Rosário têm um valor cultural, étnico e especialmente ecológico que não pode ser esquecido porque está imerso nas zonas tampão de um parque nacional subaquático”, explicou.

No entanto, após um direito de petição enviado pelo Noticias Uno, nessa entidade eles aceitaram que apenas três, dos 62 contratos da Agência Nacional, têm esse requisito indispensável.

Eles também observaram que, por lei, os terrenos baldios são de propriedade da nação, o que os torna bens inanexáveis, inalienáveis e essenciais, portanto, desde 2015 e sob o Acordo 106 de 2019 da Agência Nacional de Terras, eles foram arrendados, mas, nesses casos, o que é necessário para realizar esses processos foi violado.

Em outras palavras, não houve publicidade, seleção objetiva e estudos anteriores, e para agravar a situação, eles os entregaram a preços ridículos, como foi o caso da Ilha de San Juan de Pajarales, onde pagam mensalmente 1′694.460 pesos, por uma área de 2.293 metros quadrados e atualmente administrada por a empresa Vega Rocha a Rosasco Cardi and Company.

“Agora eles se tornaram ilhas privadas para algumas pessoas e para alguns hotéis que chegaram a uma feira e acessam esse privilégio, ilegal para mim de qualquer ponto de vista”, repreendeu o ex-procurador do Meio Ambiente.

O mais grave é que, devido a essas irregularidades, de acordo com a investigação da imprensa, há um impacto muito sério no meio ambiente.

“As pessoas que estão ocupando esses territórios protegidos e não tendo um plano para a gestão dos lixões. Tendo um problema com o ruído das usinas de energia para ter os condicionadores de ar e os luxos que eles têm nesses hotéis e nessas casas particulares, isso pode estar levando a violações dos padrões ambientais”, acrescentou Trujillo.

Apesar dessas alegações, Campo Elías Vega indicou naquele meio de comunicação que não falaria.

O czar do contrabando

Alaín Suaza foi capturado em uma operação conjunta entre Dian, a Polícia Tributária e Aduaneira e a Procuradoria-Geral da República, que conseguiu recolher as provas contra ele e derrubar a fachada de um grande empresário que dizem ter sido forjada.

Com o apoio do Bureau of Homeland Security Investigations dos Estados Unidos e do ICE, após vários anos de monitoramento e trabalho investigativo, eles estabeleceram como o esquema de corrupção, contrabando e tráfico de drogas que este homem havia criado com empresas de fachada e propriedades caras no Estados Unidos, Colômbia e Panamá.

Eles apontaram que se tratava de uma organização criminosa envolvida no contrabando de roupas, têxteis e calçados para fins de lavagem de dinheiro, por meio de operações alfandegárias fraudulentas ocorridas entre 2014 e 2021.

Segundo as autoridades da revista Semana, a gangue Suaza é supostamente responsável pela entrada de mercadorias ilegais no país, totalizando mais de 834 bilhões de pesos. A mídia informou que, para desvendar a teia de corrupção por trás de Suaza, as autoridades ouviram mais de 5.000 horas de gravações de comunicações.

“Nesse processo, transferências de dinheiro de mais de 227 bilhões de pesos foram evidentes para empresas sediadas na Venezuela, Ilhas Virgens e Curaçao. Da mesma forma, os movimentos migratórios para o Panamá e os Estados Unidos”, disse o diretor do Dian, Lisandro Manuel Junco.

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