Clara Noemí pegou um atalho para a escola e foi encontrada morta em um riacho em Veracruz

O corpo da quinceañera foi encontrado com vestígios de violência sexual e amarrado a algumas pedras para que não flutuasse

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A violência contra as mulheres no México mais uma vez ceifou a vida de uma menor, desta vez de Clara Noemí: uma adolescente de 15 anos que havia desaparecido em 29 de março na Huasteca Veracruz.

A jovem, descrita como “cheia de sonhos”, deixou sua casa naquela manhã de terça-feira para o Telebachillerato da comunidade El Limón. No entanto, percebendo que estava atrasado para as aulas, decidiu pegar um atalho, sendo esta a última vez que foi visto, já que nunca chegou ao campus.

À tarde, percebendo que a filha não estava voltando da escola, seus pais registraram uma denúncia de desaparecimento na Comissão de Busca do Estado de Veracruz (CEBV), que emitiu um formulário de busca urgente.

Enquanto isso, alguns moradores da comunidade se organizaram em brigadas para viajar pela região e encontrar a garota de olhos negros e pele marrom clara o mais rápido possível, mas não tiveram sucesso.

(Foto: Twitter @LetyHer92012400)

Foi até 2 de abril, quatro dias após seu desaparecimento, que elementos da Polícia Ministerial encontraram o corpo de Clara em um riacho com sinais de violência sexual. Isso, apontaram fontes não oficiais, depois que as autoridades asseguraram o suposto autor.

De acordo com os relatos, o sujeito, identificado como Artemio “N”, confessou ter assassinado a adolescente após abusar sexualmente dela. Mais tarde, acrescentou o acusado, ele tentou esconder o corpo no riacho, amarrando-o a algumas pedras para que ele não flutuasse e, dessa forma, eles não pudessem encontrá-lo.

Após o fato, coletivos, parentes e amigos exigiram justiça pelo feminicídio da jovem de Veracruz, pedindo ao governador da entidade, Cuitláhuac García, e ao presidente da República, Andrés Manuel López Obrador, que punam plenamente o suposto feminicídio extensão da lei.

Veracruz es la segunda entidad con más feminicidios registrados en lo que va del 2022. (Foto: ROGELIO MORALES /CUARTOSCURO.COM)

Veracruz relatou 15 feminicídios durante os dois primeiros meses de 2022, o que o posiciona como o segundo estado com maior incidência de casos, superado apenas pelo Estado do México (Edomex), que registrou 22.

Segundo dados da Secretaria Executiva do Sistema Nacional de Segurança Pública (SESNSP), três das 15 vítimas eram menores; nove tinham mais de 18 anos, enquanto as demais não conheciam a faixa etária.

Enquanto isso, a demarcação encabeça a lista de sequestros, registrando seis durante o mesmo período; dois menores. Além disso, números do Ministério do Interior (Segob) indicam que a entidade tem 55 casos de estupro simples e 126 casos de abuso sexual.

Deve-se notar que Clara é a segunda jovem de quinze anos a ser morta esta semana, para a luta pela justiça é anexado o caso de Rosa María, que apareceu sem vida em 24 de março perto de sua casa em Cuetzalan, Puebla.

Por esse motivo, para 31 de março, foi organizada uma marcha à presidência municipal para exigir uma investigação com perspectiva de gênero, uma vez que, declarou sua família, sua morte está sendo tratada como um suposto assassinato e não como feminicídio.

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