As consequências da greve dos transportes, que se intensificou na última sexta-feira, 1º de abril, em Huancayo (Junín), estão se sentindo muito em Lima e Callao. Não só o preço do frango e de outros alimentos está ficando ainda mais caro, mas alguns vegetais também estão se tornando escassos.
Câmeras de TV no Perú percorreram alguns mercados em Lima, onde alguns comerciantes apontaram que “as pessoas não Não tenho dinheiro.” Eles também apontaram que as pessoas já estão começando a comprar alimentos em menor quantidade ou estão simplesmente optando por parar de comprar esse produto.
“As pessoas agora compram 100 gramas de arverjitas de você ou não compram você, por causa da situação econômica pela qual todos estamos passando”, disse um comerciante ao noticiário peruano.
Assim, ao visitar três mercados da capital, eles encontraram uma variação nos preços que reflete o aumento dos alimentos. A TV Perú explorou o Mercado Señor de Muruhuay (San Juan de Miraflores), o Mercado No. 1 em Surquillo e o Mercado San Roque (Surco).
Quanto ao preço do frango, eles descobriram que em San Juan de Miraflores (SJM) é vendido a S/8.2 soles por quilo, em Surquillo a S/10.5 soles e em Surco a S/11.5 soles.
Mas outros alimentos que também aumentaram foram limão, abacaxi e mamão. No caso do primeiro: Na SJM é vendido nas solas S/3, em Surquillo nas solas S/6 e na Surco nas solas S/4.5.
Abacaxi e mamão são vendidos ao mesmo preço ambas as frutas, e registram preços de: solas S/4.5 (SJM e Surco) e entre S/4.5 e S/5, em Surquillo.
Por outro lado, não há oferta de cenoura nos mercados. E o preço das batatas, tomates e cebolas já está começando a subir, e as ervilhas agora são vendidas nas solas S/ 13 ou S/14.
Esse aumento nos preços ocorre quando a inflação no país está atingindo níveis que não são percebidos há décadas. Segundo o economista e analista político Miguel Santillana, números do Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI) indicam que:
“A taxa de inflação nacional para março é de 1,5, a maior dos últimos 10 anos. A inflação acumulada nos últimos 12 meses, desde março de 2021, é de 7,46: também a maior em 10 anos. Se analisarmos apenas para a cidade metropolitana de Lima, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é de 1,48, a maior inflação em 26 anos. O mesmo vale para o CPI de Lima (região), que é de 6,83: um número não visto há mais de 20 anos”.
O preço do frango aumentou gradualmente lentamente, e o economista Jorge Carrillo Acosta destaca que o aumento no Perú é uma consequência direta do aumento internacional do milho e do trigo.
“Quando a pandemia começou houve um problema de abastecimento, porque estávamos todos confinados à casa e depois o mesmo valor não foi vendido. Mas quando as restrições terminam, houve uma demanda excessiva global e isso fez com que o preço do milho disparasse. E foi normal devido ao contexto da pandemia, mas era esperado que se normalizasse em 2022. No entanto, com a questão da Ucrânia e da Rússia, o problema foi detonado novamente, porque a Rússia e a Ucrânia estão entre os 5 maiores produtores de milho do mundo, eles são conhecidos como o celeiro da Europa”, apontou para este meio de comunicação.
No caso dos vegetais, o aumento médio do preço é de 107%, de acordo com o Relatório de Renda e Preços no GRANDE MERCADO ATACADISTA DE LIMA del Midagri. Nesse caso, influenciou muito o aumento do preço internacional do petróleo, que “em um ponto foi de quase US $150 o barril”, segundo Carrillo Acosta. Atualmente, esse hidrocarboneto seria negociado a US $100, mas continua a ter um preço mais alto em relação ao ano passado.
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