Perú no outono. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI), o Índice de Preços ao Consumidor de Lima, referência para o Perú, cresceu 1,48% em março, sendo esta a maior variação mensal desde fevereiro de 1996.
Por esse motivo, o aumento de preços em março, que gera um aumento mensal maior por 26 anos, uma vez que foi impulsionado pelo aumento dos preços de alimentos, educação e transporte, informou o INEI.
A agência estatal notou num boletim que “o resultado mensal responde ao aumento de preços observado nas divisões de Alimentos e Refrigerantes (3,41%), Educação (2,84%), Transportes (1,89%) e Recreação e Cultura (1,02%)”.
E o fato é que, o aumento dos preços dos combustíveis e lubrificantes e a quantidade de ingressos impactaram o resultado inflacionário.
Além disso, o regulador sublinha ainda que o resultado de março é “a maior variação no primeiro trimestre do ano (janeiro 0,04% e fevereiro 0,31%)”, e confirma que é “da mesma forma, um resultado superior desde fevereiro de 1996 que foi de 1,53%”.
Nos últimos 12 meses, o crescimento dos preços no país sul-americano atingiu 6,82%, bem acima da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central da Reserva do Perú, entre 1% e 3% de inflação anual.
O Instituto de Estatística explica ainda que a inflação anualizada de abril de 2021 a março de 2022 “é significativamente superior à evolução anual observada no mesmo período dos últimos três anos”.
No entanto, em março de 2021, a inflação anualizada foi de 2,6%, enquanto no mesmo mês de 2020 e 2019 ficou em 1,82% e 2,25%, respectivamente.
Em 2021, o Perú fechou com uma inflação de 6,43%, mais do dobro do teto de 3% estabelecido pelo Banco Central, em meio a tensões eleitorais e à pandemia de covid-19.
Finalmente, a inflação atingiu seu pico mensal no ano passado, em julho, quando os preços subiram 1,01% para coincidir com a chegada ao poder do presidente esquerdista Pedro Castillo. Em 2020, a inflação no Perú foi de 1,97%, superior a 1,90% em 2019.
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