Uma semana depois de a Procuradoria-Geral do Estado de San Luis Potosí (FGESLP) ter emitido um formulário de busca pelo desaparecimento de Nayeli Alfaro Silva, as autoridades informaram a descoberta de um corpo que, segundo eles, corresponde ao da mulher de 25 anos. Embora o evento tenha sido relatado aos parentes, eles apontaram várias irregularidades, como o fato de não conseguirem reconhecer o corpo, bem como o desaparecimento do parceiro romântico da vítima.
De acordo com a mãe de Nayeli dias após seu desaparecimento, foi por volta das 7 da manhã de 24 de março de 2022 que sua filha foi vista pela última vez. Seu parceiro romântico teria sido a última pessoa a estabelecer contato com ela. A partir desse momento, a família notificou as autoridades e iniciou as buscas, além de uma série de manifestações para pressionar o Ministério Público. Nove dias depois, eles tiveram uma resposta.
“Aproximadamente às 11:55 da manhã, um corpo foi localizado nas proximidades da comunidade de Santa Rita, em uma propriedade rústica onde o corpo foi processado e levantado. O Ministério Público encontrou evidências de que eles fazem empréstimos de que é a jovem Nayeli. A presunção é derivada até que seja feita oficialmente por meio de testes genéticos”, disse José Luis Ruiz Contreras, promotor de San Luis Potosí, em 1º de abril.
Os pais de Nayeli receberam a notícia da descoberta por volta do meio-dia de sexta-feira. Inicialmente, como disseram à mídia, as autoridades informaram que reconheceriam o corpo pelos cabelos. Além disso, “eles me dizem que o corpo está em decomposição e em estado de putrefação, inchado e que as partes inferiores estão deterioradas”, disse Lorena Silva, mãe Nayeli, em declarações resgatadas pelo médium Zócalo.
As horas passaram após a ligação e os pais de Nayeli não tiveram a chance de reconhecer o corpo. Foi só na madrugada de 2 de abril que eles puderam acessar o Serviço Médico Legal (SEMELE) para verificar se os restos mortais, encontrados em Villa de los Pozos, pertenciam à filha. No entanto, quando deixaram as instalações, divulgaram sua discordância.
“Fiquei impressionado porque é um esqueleto. Não estou vendo um único pedaço de carne (...) Não acho que seja o corpo da minha filha. Eles nos dizem que a fauna ficou sem ela e que tem nove dias, mas o corpo tem sinais de muito mais tempo. Não aceitamos isso. Aguardamos os resultados dos testes de DNA”, disse Lorena Silva. Segundo María del Socorro Silva, tia da vítima, os resultados podem ser divulgados nos próximos dias.
Outra inconsistência é o súbito desaparecimento do parceiro romântico de Nayeli. De acordo com a família, Uriel “N” levou Nayeli para sua academia a bordo de uma van antes de seu desaparecimento. Horas depois, ele chegou a postar em seu nome nas redes sociais do fisiculturista, mas parentes deixaram de ter contato com ele depois que ele se apresentou para depor perante o Ministério Público.
“Foi a pessoa que, ao declarar, contou mentiras. Assim que ele percebeu que eles estavam investigando por evidências, ele desapareceu. Havia evidências dentro da van como sangue. O Ministério Público revelou que encontraram o corpo rastreando a van (...) não podemos dizer 100% que ele é o responsável, mas tudo apontou desde o início. Como eles não tinham as provas necessárias, o Ministério Público não prosseguiu e ele saiu”, disse Maria del Socorro Alfaro, tia de Nayeli, ao Fator 96.1.
Assim, enquanto os parentes de Nayeli relataram inconsistências no esclarecimento de seu desaparecimento, o estado de San Luis Potosí está sofrendo uma crise de segurança. Durante o mês de março, 18 pessoas foram sequestradas ou desaparecidas. Muitos dos plágio foram capturados em vídeo e poucos receberam qualquer resposta das autoridades.
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