O início do ano para o departamento de Arauca foi preenchido pela violência e constantes confrontos entre grupos armados, a comunidade civil foi deixada no meio do fogo e completamente exposta a qualquer evento. A Ouvidoria voltou a alertar para o risco enfrentado pela população na capital deste departamento, instando as autoridades a tomarem medidas oportunas destinadas a garantir os direitos dos cidadãos em causa.
A Ouvidoria destacou que a população das comunas 1, 2, 3 e 5 está totalmente exposta pelas ações armadas de grupos ilegais, situação que tem gerado preocupação e busca fornecer diferentes mecanismos para proteger os cidadãos, uma vez que já houve relatos de confinamento e assédio contra isso. sociedade.
Da mesma forma, a referida entidade destacou que há uma dinâmica constante no que diz respeito ao crime de desaparecimento forçado, em áreas próximas à fronteira entre a Colômbia e o país vizinho da Venezuela, além disso, é relatado que canais de comunicação e atendimento já foram abertos para a família de Carlos César Mejía, cidadão que desapareceu em 1º de março no setor de Bocas del Arauca, conforme observado pela Ouvidoria.
Deve-se notar que na semana anterior a Ouvidoria acompanhou vários líderes e presidentes de conselhos de ação comunitária neste município, a fim de esclarecer todas as situações de ordem pública que estavam afetando as comunidades do município de Puerto Rondón e Tame, da mesma forma, o O Exército Nacional reforçou suas operações para desferir golpes fortes; tanto contra o ELN quanto contra os grupos residuais das FARC, como resultado disso, ele tomou o pseudônimo de 'Mono Canas' nos últimos dias, acusado de ser suposto líder da frente Adonay Ardila Pinilla do ELN.
Essa situação já havia sido alertada em 2021, já que por volta de março a Ouvidoria indicou que quase 15.000 pessoas estavam em risco no departamento, especialmente nas comunas já mencionadas acima, isto, considerando que nas margens do rio Arauca houve um aumento constante na presença de dissidentes das FARC e homens ligados ao ELN, neste caso, disputas territoriais violaram diretamente o Direito Internacional Humanitário e as garantias de segurança da população civil.
De acordo com a Rádio Nacional da Colômbia, a Ouvidoria indicou no início de 2021 que os principais nichos sociais afetados diziam respeito a menores e adolescentes, além da população migrante venezuelana identificada por estigmatização sistemática, onde foi feita referência a quais o setor social comercializou e consumiu diversas substâncias ilícitas, além de participar de crimes na área. Da mesma forma, as condições para os líderes sociais, políticos e ambientais eram constantemente precárias.
No contexto da recente greve armada organizada pela guerrilha do ELN, municípios como Fortul, Tame e Arauca foram sitiados pela presença desse grupo ilegal, pois os homens patrulhavam livremente pelas principais ruas dessas jurisdições, enquanto as pessoas permaneciam em constante medo dentro de suas casas, embora o Governo Nacional, ministro do Interior Daniel Palacios, tenha indicado que não houve paralisação na Colômbia, as ações violentas do ELN provaram exatamente o contrário.
Tanto o desaparecimento forçado, o sequestro extorsivo quanto os assassinatos de líderes sociais, tornaram-se uma das principais ferramentas de ameaça dessa guerrilha, além disso, há uma guerra constante que deixou dezenas de mortos desde o início do ano. A luta entre o ELN e os dissidentes das FARC não ocorre apenas na Colômbia, mas também na Venezuela.
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