O preço do dólar no Perú mantém uma tendência de queda: queda de 3,9% nas primeiras três semanas de 2022

O dólar iniciou o dia de troca com uma tendência de queda, com queda de 1,23% desde ontem e permanece nas solas S/3.

O dólar apresenta, nesta sexta-feira, 1º de abril de 2022, um preço de S/ 3.6350, de acordo com a Bloomberg, com uma queda de 1,23% desde o fechamento de ontem. Dessa forma, a moeda estrangeira acumulou uma queda de 3,9% em relação ao final de 2021, considerando que fechou o ano em S/3.989 soles.

Esta é a quinta queda consecutiva relatada nesta semana. Uma cotação semelhante não foi registrada desde meados de maio de 2021. Assim, estima-se que, até agora, em 2022, o preço do dólar tenha caído 7,79% em relação ao relatado no fechamento do ano anterior.

Considerando o último dia de cada mês, a evolução da taxa de câmbio foi a seguinte: julho de 2021 (S/4.058 soles), agosto (S/4.088 soles), setembro (S/4.136 soles), outubro (S/3.992 soles), novembro (S/4.066 soles) e dezembro 2021 (S/3.989 soles), de acordo com o Central Reserve Bank (BCR).

PREÇO DO DÓLAR

De acordo com um relatório recente do portal cuantoestaeldolar.pe, em comerciantes de câmbio o preço do dólar para a compra é S/3.630 para a venda é S/3.680 em média.

Por outro lado, os bancos calcularam que antes do dia o preço de compra do dólar estava entre S/3,59 e 3,70 e para a venda está entre S/3,71 e S/3,86.

FATORES PARA O DECLÍNIO DO DÓLAR

O economista Jorge Gonzales Izquierdo explicou ao jornal El Peruano que essa redução se explica pelo nível de incerteza política gerado pelos confrontos entre os poderes executivo e legislativo, e pela política contracíclica do BCR de elevar as taxas de juros para conter a inflação. . Ele ressalta que o dólar vem caindo desde a segunda quinzena de dezembro e isso se deve ao fato de que os problemas políticos não teriam mais a agudeza dos primeiros meses, quando o dólar permaneceu acima das solas S/4.

Em um nível puramente econômico, o economista mencionou que outro fator para o declínio da moeda americana é a política anticíclica do BCR, que optou por aumentar as taxas de juros para contrariar o aumento dos preços (inflação).

Por outro lado, essa situação estaria atraindo capital de transição ou andorinhas que veem maior rentabilidade na praça peruana, mas pode mudar quando o Federal Reserve dos EUA também aumentar suas taxas de juros.

Gonzales Izquierdo também mencionou que outro fator que está começando a se tornar visível são os altos preços pagos pelos minerais no mercado internacional, o que gera maior renda em dólares para o mercado peruano e, naturalmente, com um preço mais baixo.

INFLAÇÃO NO PERÚ

No entanto, isso ocorre em um cenário em que a inflação vem atingindo níveis que não são percebidos há décadas. Os números do Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI) indicam que:

“A taxa de inflação nacional para março é de 1,5, a maior dos últimos 10 anos. A inflação acumulada nos últimos 12 meses, desde março de 2021, é de 7,46: também a maior em 10 anos. Se analisarmos apenas para a cidade metropolitana de Lima, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) é de 1,48, a maior inflação em 26 anos. O mesmo vale para a CPI de Lima (região), que é de 6,83: um número não visto há mais de 20 anos”, disse o economista e analista político Miguel Santillana.

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