Nesta quinta-feira, 31 de março, o Ministério do Esporte lançou a linha 018000 11 40 60, #NiSilencioNiViolencia, um canal de atenção especial para casos de assédio, abuso, maus-tratos ou discriminação no Sistema Nacional de Esportes.
A cerimônia de lançamento foi liderada pelo ministro da pasta Guillermo Herrera, que foi acompanhado pela diretora do ICBF, Liliana Pulido, e pela vice-ministra do Esporte, Daniela Maturana.
A linha direta, que será habilitada a partir desta sexta-feira, 1º de abril de 2022, receberá reclamações de atletas, gestores, profissionais de saúde e outros atores cujo trabalho é realizado em esportes, recreação e atividade física no país.
Além disso, o ministro Herrera referiu-se aos quatro canais adicionais que, paralelamente à linha, a Mindeporte colocará em operação para receber informações e fornecer orientações sobre casos no setor. Entre eles, o e-mail nisilencioniviolencia@mindeporte.gov.co, bate-papo virtual, formulário web e atendimento presencial.
“O lançamento dessa linha é uma articulação em defesa de crianças, jovens e todas as pessoas que fazem parte do Sistema Nacional de Esportes, a fim de monitorar e registrar casos de violência de gênero. Fazemos de tudo para evitar que esses eventos sejam inaceitáveis”, disse o ministro Guillermo Herrera. Por sua vez, o vice-ministro do Esporte, Daniel Maturana, enfatizou: “Quando uma denúncia é recebida, será realizada uma caracterização da pessoa e da violência de que foi vítima”.
O Ministério do Esporte apresentará a denúncia ao Ministério Público e, se necessário, ao ICBF. O apoio psicopedagógico será fornecido para que os denunciantes saibam quais são seus direitos”. O contact center será composto por profissionais que fornecerão apoio psicológico e jurídico à vítima e orientarão a vítima durante o processo de apresentação da reclamação junto às autoridades competentes.
“O lançamento da linha é resultado da articulação intersetorial, entre o ministério e o ICBF, para trabalhar com a geração de protocolos e códigos de conduta para evitar a ocorrência de violência de gênero”, disse Liliana Pulido, diretora responsável pelo ICBF.
Essa linha direta faz parte das ações previstas no “Protocolo de Prevenção, Atenção e Erradicação da Violência de Gênero no Esporte”, que está em fase de socialização com 28 oficinas, em 14 municípios do país.
Quatro atletas relataram ao Ministério Público que foram vítimas de abuso sexual e maus-tratos há mais de dois anos. Os fatos remontam a 2019 até o momento pelo treinador da instituição esportiva.
Uma das vítimas relatou que começou a fazer avanços sexuais com ele, sabendo que ele tinha 16 anos: “Eu queria saber se eu ainda era virgem, que ele queria ser meu primeiro homem e quando eu iria dar a ele a chance. Coisas muito irritantes e cansativas.”
De acordo com investigações preliminares, até agora 30 atletas, a maioria mulheres com recursos limitados, foram assediados pelo treinador e aguardam a investigação da acusação e decisões judiciais a serem tomadas a esse respeito.
Isso levou a vice-ministra do esporte, Daniela Maturana, a fornecer apoio pedagógico para lidar com casos de violência de gênero no setor esportivo e promover a campanha #NiSilencioNiViolencia.
Os presidentes das ligas esportivas do Santander foram os primeiros a receber treinamento sobre gênero, prevenção, detecção e atenção à violência, assédio, abuso, maus-tratos e discriminação.
“No ministério, precisamos que os clubes e ligas sintam que também é responsabilidade deles para que haja sanções claras e contundentes no combate a essas violências”, disse a vice-ministra Daniela Maturana Agudelo.
Os participantes foram treinados em conceitos básicos de gênero, tipos de violência, como detectá-los e quais são as vias de assistência e denúncia que as autoridades e o Ministério do Esporte têm à sua disposição.
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