JEP cria tabela técnica para a reparação de vítimas em Magdalena Caldense

No contexto do conflito armado, 1.091 pessoas foram vítimas de desaparecimento forçado nos municípios de Samana, Norcasia, Victoria e La Dorada

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Foto de archivo.  Imagen de un cementerio en donde según declaraciones de militares ante la Jurisdicción Especial para la Paz (JEP), se encontrarían los cuerpos de civiles presentados como guerrilleros muertos en combates, en Dabeiba, Colombia, 9 de dicembre, 2019. JEP/vía REUTERS  ATENCIÓN EDITORES ESTÁ IMAGEN FUE SUMINSITRADA POR UN TERCERO
Foto de archivo. Imagen de un cementerio en donde según declaraciones de militares ante la Jurisdicción Especial para la Paz (JEP), se encontrarían los cuerpos de civiles presentados como guerrilleros muertos en combates, en Dabeiba, Colombia, 9 de dicembre, 2019. JEP/vía REUTERS ATENCIÓN EDITORES ESTÁ IMAGEN FUE SUMINSITRADA POR UN TERCERO

Em La Dorada (Caldas), a Jurisdição Especial para a Paz (JEP) realizou uma audiência pública em 30 de março para atender às demandas de reparação integral das vítimas do conflito armado, ligadas a medidas cautelares que buscam proteger áreas onde as vítimas de desaparecimentos forçados podem ser encontradas em Magdalena Caldense.

As áreas protegidas são seis cemitérios em Caldas: San Agustín e San Diego, em Samana; Santa Maximiliana Maria Kolbe y Pradera, em Victoria; Central de Norcasia e Central de La Dorada.

O objetivo da diligência foi conhecer e identificar situações de risco em pontos de interesse forense que não foram objeto de intervenção do Sistema Integral para a Paz e dignificar a memória daqueles que buscam seus entes queridos.

Esta decisão do tribunal de paz busca preencher as lacunas de informação e fornecer uma resposta eficaz, para a plena satisfação dos direitos das vítimas. Para o PEC, “permanecem dificuldades que ficaram evidentes após o processo de identificação de cinco pessoas na região”.

Três desses corpos identificados pertencem a Francisco Javier Buitrago Quiceno, Pedro Pablo Molano Quiceno e Solomón Galvis. Neste ponto do processo, a Unidade de Busca de Pessoas Desaparecidas (UBPD), realiza entregas dignas às famílias das vítimas.

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Um dos problemas que o PEC detectou durante a sua visita ao distrito de Caldas, é por exemplo que “os familiares das vítimas não estão registados no Registo Único de Vítimas”. Portanto, uma das razões para a criação da mesa técnica é ativar uma rota para que as pessoas possam acessar a reparação administrativa que estão exigindo.

Entre outras funções, o comitê técnico deve propor soluções que ajudem a agilizar os procedimentos, fortalecer a reparação, por meio da Lei das Vítimas e analisar a viabilidade dos pedidos feitos na audiência territorial de acompanhamento.

“O PEC, por meio dessas ordens, faz todos os esforços para garantir que o aparato institucional articule e responda efetivamente à reparação abrangente das vítimas. Com entregas dignas, eles são informados de quais são seus direitos, como podem participar e as rotas que devem seguir”, acrescentou a magistrada do JEP, María del Pilar Valencia.

O representante da Samana, Cesar Augusto Salazar Buitrago, comparou os números da Unidade de Vítimas com os tratados nos secretários municipais. Segundo o responsável, a entidade nacional tem um registo de 171 vítimas diretas de desaparecimento forçado naquele município e 615 indiretas. Enquanto isso, em seu escritório, seus números são: 10 vítimas diretas e 40 vítimas indiretas. “Continuamos trabalhando para que possamos preencher a lacuna de dados que temos”, disse.

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Por sua vez, a Unidade de Busca construiu um universo inicial de 99.235 pessoas que foram dadas como desaparecidas como resultado do conflito armado. O Plano Regional de Busca de Magdalena Caldense aborda um número inicial de 1.091 pessoas desaparecidas nos municípios de Samana, Norcasia, Victoria e La Dorada, no período de 1965 a 2014.

A mesa redonda será composta pela Unidade de Vítimas, UBPD, JEP, o Gabinete do Procurador e as organizações que promoveram as medidas cautelares: Movimento Nacional de Vítimas de Crimes de Estado, Fundação Samaná para o Desenvolvimento Comunitário, Equipe de Trabalho Forense Interdisciplinar Colombiano e Centro de Estudos de Conflitos, Violência e Convivência Social.

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