Confrontos entre Esmad e estudantes do Pedagógico e Distrital

Os confrontos causaram o fechamento da Rua 72 e da Avenida Villavicencio

Na tarde de hoje, quinta-feira, 31 de março, houve confrontos entre o esquadrão de choque móvel e estudantes nas proximidades da Universidade Pedagógica de Bogotá.

De acordo com informações da Semana, estudantes da Universidade Pedagógica protestaram para exigir melhorias para a entidade, como as condições no restaurante e orçamento para contratação de trabalhadores.

De acordo com informações preliminares, os alunos estavam realizando um protesto pela universidade, afetando a mobilidade na área, então Esmad interveio e foi aí que os confrontos eclodiram.

A mobilização ocorreu em todo o setor próximo à Universidade Pedagógica Nacional e, posteriormente, começaram os confrontos com a Força Pública, que resultaram no fechamento desta seção da rua 72 em Bogotá. Da mesma forma, no auge da corrida 11 também houve fechamentos de estradas devido aos confrontos, onde a Força Pública para atender a situação.

Depois de várias horas de luta, a mobilidade já foi restaurada neste setor da cidade.

Por outro lado, ao sul da capital, na cidade de Ciudad Bolivar, também houve confrontos entre manifestantes e a Polícia e Esmad perto da sede da Candelaria La Nueva da Universidade Distrital. Isso causou fechamentos na Avenida Villavicencio.

“Há uma manifestação, fora do serviço na cidade de Ciudad Bolívar, no auge da Universidade Distrital. As autoridades fazem desvios para a frota do sistema e veículos particulares”, informou a TransMilenio sobre os fechamentos de estradas ocorridos no setor devido aos distúrbios.

O Supremo Tribunal de Bogotá confirmou a sentença de 17 anos e 4 meses de prisão para o policial de Esmad Néstor Julio Rodríguez pelo assassinato de Nicolás Neira, de 15 anos, durante manifestações do dia do trabalho em 1º de maio de 2005.

A defesa procurou declarar o processo nulo e sem efeito, alegando que o sistema de justiça comum não tinha jurisdição e uma alegada violação do devido processo legal e direito de defesa do acusado.

No entanto, o juiz José Urbano negou o pedido da defesa, baseando-se na decisão do Tribunal Constitucional sobre o caso de Dylan Cruz, que transferiu o processo da Justiça Criminal Militar para a jurisdição ordinária.

Em sua decisão, o juiz Urbano afirmou que “no acórdão SU-190 de 2021, aquela corporação ordenou que o processo penal contra o policial nacional fosse transferido para a jurisdição ordinária. Como pode ser visto, a situação é clara, não só existe uma decisão, mas há um acórdão unificado do Tribunal Constitucional que reafirma esse critério.”

Em resposta ao segundo pedido da defesa, a Câmara afirmou que a defesa tinha cerca de um ano e dez meses a partir da apresentação da acusação, com conhecimento das provas da acusação para defender o acusado na audiência preparatória.

“Se a defesa optou por não exercer as garantias derivadas do direito de defesa durante o processo, como a implantação de um ato de investigação, essa ação correspondeu à estratégia pela qual optou, mas não implica a violação do devido processo legal”, disse Urbano.

Vale lembrar que, segundo a Medicina Legal, o projétil, que foi disparado linear e diretamente pelo policial, atingiu a cabeça do jovem Nicolás, causando ferimentos graves que, cinco dias depois, morreriam em decorrência de trauma craniocerebral.

CONTINUE LENDO: