Com uma cruz a reboque, os migrantes marcharam antes da caravana

O chamado “Caminho Migrante da Cruz” parte nesta sexta-feira de Tapachula para a Cidade do México

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Fotografía de archivo de una caravana de migrantes en su mayoría haitianos en una carretera del estado de Chiapas (México). EFE/ Juan Manuel Blanco
Fotografía de archivo de una caravana de migrantes en su mayoría haitianos en una carretera del estado de Chiapas (México). EFE/ Juan Manuel Blanco

Cerca de 250 migrantes de vários países marcharam na quinta-feira pela cidade de Tapachula, no estado de Chiapas, antes da partida da caravana chamada “Via Migratória da Cruz” que partirá nesta sexta-feira para a Cidade do México para exigir a regularização de seus status de imigração.

Em sua marcha, os estrangeiros carregaram uma cruz de madeira e caminharam cerca de 12 quilômetros do Parque Bicentenário até os escritórios do judiciário.

Nesse ponto, eles entregaram pacotes contendo pedidos de amparos que solicitaram às autoridades judiciais e ao Instituto Nacional de Migração (INM).

(Foto: EFE)
Os migrantes exigem que as autoridades lhes concedam vistos humanitários para que possam circular livremente pelo México. (Foto: EFE)

Durante a marcha, os migrantes fizeram uma declaração do lado de fora do quartel da Guarda Nacional.

Queremos dizer à Guarda Nacional que não somos inimigos de ninguém, que não somos invasores neste país, que estamos respeitando as leis estabelecidas na Constituição”, acrescentou.

Carlos Espinal, migrante de Honduras, disse à mídia que eles caminharão nesta caravana para ter uma melhor qualidade de vida, segurança e economia.

“O objetivo é conseguir avançar e caminhar (...) e chegar ao destino por causa disso. Vamos caminhar em paz”, frisou.

Luis Rey García Villarán, diretor do Centro de Dignificação Humana, pediu à Guarda Nacional que desse aos migrantes “passagem livre”.

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Foto: EFE/Juan Manuel Blanco/Arquivo

A caravana, na qual os migrantes que ficaram presos há semanas, até meses, participam do Tapachula, planeja chegar à Cidade do México, onde exigirão documentos de imigração porque em Chiapas, relataram, não encontraram atenção das autoridades federais.

Os estrangeiros indicaram que estão em um acampamento improvisado em um parque há semanas e dormem em tendas.

Em 12 de março, durante a visita do presidente Andrés Manuel López Obrador a Chiapas, dezenas de migrantes fizeram um protesto chocante.

Em meio a gritos de “Liberdade”, alguns dos migrantes acorrentaram-se a cruzes, enquanto outros costuraram os lábios para exercer pressão e fazer com que as autoridades de imigração lhes concedessem os Cartões de Visitantes Humanitários que regularizam sua presença no México e, assim, podem continuar sua jornada em direção a fronteira com os Estados Unidos, onde pretendem buscar asilo político.

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Foto: EFE/Juan Manuel Blanco/Arquivo

A região está passando por um fluxo recorde para os Estados Unidos, cujo Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) detectou mais de 1,7 milhão de imigrantes sem documentos na fronteira mexicana no ano fiscal de 2021, que terminou em 30 de setembro.

O México deportou mais de 114.000 estrangeiros em 2021, de acordo com dados da Unidade de Política de Migração do Ministério do Interior do país.

Além disso, a Comissão Mexicana de Ajuda aos Refugiados (Comar) recebeu um recorde de 131.448 pedidos de refugiados em 2021. Desses peticionários, mais de 51.000 são haitianos.

Com informações da EFE

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