Na sequência de um pedido da Rede de Supervisão Cidadã, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) estudará a viabilidade da candidatura à vice-presidência de Luis Gilberto Murillo, atual fórmula vice-presidencial de Sergio Fajardo. Isso, levando em conta que o Tribunal Constitucional emitiu uma decisão em 2012 ordenando a negação do político da oportunidade de ocupar qualquer cargo público pelo resto de sua vida.
Vale ressaltar que a organização queixosa alega que o acórdão, que abrange mais de 48 páginas e foi emitido em 2013, indica que, quando Murillo era diretor da Corporação Autônoma Regional para o Desenvolvimento Sustentável do Departamento de Chocó (Codechocó), ele cometeu peculato desviando recursos que foram definidos no orçamento do Estado. O político usou cinco milhões de pesos para consertar o telhado de uma escola em Andagoya quando o dinheiro era para o saneamento da mineração.
Por esse motivo, o Supremo Tribunal de Quibdó condenou Murillo a seis meses de prisão. Deve-se notar que mais de uma década depois, um caso muito mais profundo foi aberto contra ele que acabou com sua incapacidade.
O processo começou em 2011 e foi criado precisamente para solicitar a deficiência de Murillo. Ao final, em 2013, a medida foi concedida e o político foi demitido, já que naquela época ocupava, pela segunda vez, o cargo de governador de Chocó.
Deve-se notar que Murillo entrou com uma ação para anular a dedução, mas o Supremo Tribunal negou-o, e o Tribunal Constitucional posteriormente confirmou (no acórdão SU917/13) a decisão de suspendê-la por toda a vida. Explica-se que a decisão está adaptada à decisão do Conselho de Estado que lhe nega o princípio da favorabilidade a aplicar a cargos públicos, e que o demitiu em 2012 porque sua incapacidade ainda estava em vigor.
Apesar disso, de acordo com a campanha de Luis Gilberto Murillo, essa decisão foi finalmente cancelada e o líder político foi exonerado em 2015. Uma indicação de que essa decisão não foi implementada é que em 2016 ele foi nomeado Ministro do Meio Ambiente pelo presidente Juan Manuel Santos, e até o final de sua administração, dois anos depois, ele pôde exercer sem controvérsia sobre a deficiência
A Rede de Supervisão pediu ao Conselho de Estado e ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que não endossassem o registro de Murillo como companheiro de equipe de Fajardo. O aplicativo terá que ser avaliado pelas entidades competentes nas próximas semanas, mas de acordo com a campanha de Murillo, a Rede de Supervisão “ficou no passado”.
Deve-se notar que este pedido foi apresentado um dia depois que Murillo e Fajardo registraram formalmente sua candidatura presidencial no Registro Geral de Estado Civil.
Fajardo tem sido enfático ao dizer que Murillo tem todas as condições para se tornar o vice-presidente da Colômbia. Ele exaltou sua formação acadêmica e a contribuição que pode dar para resolver os problemas das diferentes regiões do país.
“Ele foi o melhor bacharel em seu departamento, engenheiro de minas, mestre em ciências da engenharia, governador de seu departamento, diretor do programa presidencial 'We Are All Pacifico', ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, professor visitante do MIT (Massachusetts Institute of Technology), consultor da Agência de Desenvolvimento dos Estados Unidos”, disse Fajardo.
Até agora, nenhum membro da Coalizão Centro Esperanza comentou o documento que impediria Murillo de ser a fórmula de Fajardo.
Deve-se notar que, se Murillo for condenado a se aposentar como companheiro de equipe de Fajardo, este último deve escolher outra pessoa para acompanhá-lo nesta corrida eleitoral. Dias antes de o político chocoano ser confirmado como sua fórmula vice-presidencial, houve rumores de que a comunicadora Mabel Lara ou a senadora Juanita Goebertus poderiam acompanhar Fajardo em sua aspiração.
Essa situação deve ser definida em breve, já que o país está a dois meses do primeiro turno presidencial. Até agora, existem nove candidatos, com suas respectivas fórmulas, aspirando chegar à Casa de Nariño.
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