Caso Infonavit-Telra: três pessoas envolvidas em supostas fraudes foram presas

O Gabinete do Procurador-Geral da República explicou que as investigações ainda estão em andamento e que mais duas pessoas ainda não foram detidas

Guardar

A Procuradoria-Geral da República (FGR) anunciou que três pessoas foram presas por uma suposta fraude cometida contra o Instituto do Fundo Nacional de Habitação para Trabalhadores (INFONAVIT) em 2018.

Foi indicado que ainda estão em curso processos judiciais pelo crime de operações com recursos de origem ilegal contra “os representantes legais da TELRA REALTY, S.A.P.I. de C.V., como resultado de uma queixa apresentada” pela INFONAVIT.

Também foi especificado que os inquéritos começaram depois que a então Procuradoria Geral da República (PGR) abriu um kit de investigação em 8 de fevereiro de 2018. Essas informações foram divulgadas por meio de um comunicado emitido pela própria FGR em 1º de abril de 2022.

O documento detalhou que, após as investigações, em 10 de fevereiro de 2020, “o representante legal de dois dos réus devolveu 2 bilhões de pesos em moeda nacional à Procuradoria Geral da República”, valor que foi colocado no dia 17 do mesmo mês sob custódia do Instituto para Devolvendo o Roubado ao Povo (INDEP).

Deve-se notar que o cheque desse valor foi o primeiro nas mãos do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO), porque em sua conferência matinal de 10 de fevereiro de 2020, Alejandro Gertz Manero, o procurador da República, entregou a quantia milionária ao presidente.

Sobre a situação, López Obrador disse que os recursos seriam usados para pagar os prêmios do sorteio do avião presidencial e afirmou que a recuperação do dinheiro “não foi apenas do crime comum, mas também do crime de colarinho branco”.

AMLO esclareceu posteriormente: “O promotor nos deu esse dinheiro, 2 bilhões de pesos, e então ficou provado que não era o procedimento legal correto e que esse dinheiro tinha que ser entregue à INFONAVIT”.

Alejandro Gertz Manero, fiscal de la República, entregó a AMLO un cheque por la cantidad de 2 mil millones de pesos en la conferencia matutina del 10 febrero 2020. (Foto: Cuartoscuro)

Por outro lado, o comunicado menciona que em 23 de fevereiro de 2021, a empresa afetada solicitou a entrega desse valor, que foi enviada em 13 de abril do mesmo ano “uma vez cumpridos os requisitos legais relevantes”.

No entanto, paralelamente a tudo o que foi afirmado, as autoridades do Ministério Público estavam estudando o caso, que foi ampliado e processado. Graças ao processo, “os mandados de prisão correspondentes foram obtidos, tanto para o delito de operações com recursos de origem ilegal, quanto para o crime organizado; o mandado de prisão foi cumprido contra três dos acusados, e mais dois ainda precisam ser cumpridos”.

Foto: Gobierno de México

Também foi compartilhado que o FGR ainda está trabalhando ativamente para esclarecer melhor os fatos do evento há quatro anos. Nessa situação, duas pessoas foram informadas de que haviam saqueado fundos da INFONAVIT por cerca de 5 bilhões de pesos.

A suposta fraude ocorreu durante o mandato de seis anos de Enrique Peña Nieto, depois que a Instituição assinou um importante contrato para realizar dois programas de Mobilidade Hipotecária e Regularização de Portfólio com a ajuda da imobiliária E-Group e Telra Realty.

Os primeiros a serem mencionados foram aqueles que na época eram os representantes legais da segunda empresa, uma empresa para a qual a INFONAVIT teria entregue os 5 bilhões.

Apesar de as relações entre o Instituto e a empresa terem começado em 2014 com a assinatura de vários acordos, em 2017 o conselho de administração da INFONAVIT anulou os contratos alegando que a contratação havia sido indevida.

CONTINUE LENDO:

Guardar