Candidatos do Promercado se enfrentam nas eleições da Costa Rica

Em uma região dominada por radicais ferozes como Nayib Bukele em El Salvador e Daniel Ortega na Nicarágua, a Costa Rica escolherá um líder muito diferente nas eleições deste fim de semana.

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(Bloomberg) — Em uma região dominada por radicais ferozes como Nayib Bukele em El Salvador e Daniel Ortega na Nicarágua, a Costa Rica elegerá um líder muito diferente nas eleições deste fim de semana.

Em linha com sua tradição de fornecer um oásis favorável aos investidores em uma região violenta e caótica do mundo, os eleitores da nação centro-americana escolherão um economista ou engenheiro, ambos treinados nos Estados Unidos.

Uma pesquisa divulgada esta semana mostrou que Rodrigo Chaves — ex-economista do Banco Mundial de 60 anos — está lado a lado com o ex-presidente José Maria Figueres, de 67 anos, que estudou na Academia Militar de West Point, nos EUA. Outra pesquisa deu a Chaves uma vantagem de 8 pontos percentuais.

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Costa Rica tem desfrutado de alguns dos melhores padrões de vida da América Latina, altos níveis de educação e um generoso estado de bem-estar social. Mas, mais recentemente, o país foi afetado por um desempenho econômico medíocre que fez com que sua taxa de crescimento ficasse atrás de seus pares, como a República Dominicana e o Panamá.

Ambos os candidatos dizem que querem consertar isso atraindo mais investimentos estrangeiros e mais turistas para visitar as praias do Caribe e do Pacífico, florestas tropicais e vulcões do país.

Uma das poucas diferenças importantes entre eles é que Figueres se opõe à exploração de gás natural e pressionaria por um maior uso de biocombustíveis, enquanto Chaves apoia o gás como meio de se afastar do petróleo.

Figueres foi presidente de 1994 a 1998.

Alegações de assédio

Durante a campanha, Chaves foi criticado por causa de alegações de assédio sexual feitas contra ele enquanto trabalhava no Banco Mundial. Ele nega qualquer delito e atribui as acusações a mal-entendidos causados por diferenças culturais.

Ambos prometeram reduzir o déficit fiscal do país e disseram que trabalharão em estreita colaboração com o Fundo Monetário Internacional, que tem um programa permanente de US$1,8 bilhão com o país assinado há um ano.

“O que está claro é que há consenso sobre a saúde das finanças públicas e a facilitação de um ambiente favorável ao investimento”, disse Eugenia Aguirre, cientista política da Universidade da Costa Rica.

Retorno de Títulos

As urnas serão abertas no domingo, das 6h às 18h, e espera-se que os resultados sejam conhecidos na mesma noite. O vencedor será empossado em 8 de maio.

Os investidores parecem gostar da forma como as eleições se desenrolaram, depois que a primeira rodada de votação em fevereiro reduziu o número de candidatos de 25 para a atual dupla favorável ao mercado.

Os títulos do país renderam 1,3% este ano contra uma perda média de 9,3% nos mercados emergentes, de acordo com dados compilados pela J.P. Morgan Chase & Co.

Nota original:

Graduado de West Point enfrenta economista no voto de não-radicais da Costa Rica

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