No âmbito do congresso da Federação Internacional de Futebol em Doha, Catar, o prêmio de US $8 milhões foi anunciado a cada federação membro, que não se classificou para a Copa do Mundo, que acontecerá de 21 de novembro a 18 de dezembro deste ano.
O “bônus” é dado por causa dos resultados positivos que a FIFA teve nos últimos anos, beneficiando financeiramente as seleções nacionais, o que ajuda a aliviar as “perdas” porque não se classificou para o torneio de futebol mais importante da copa do mundo.
No orçamento da Federação Colombiana de Futebol, 10 milhões de dólares foram “garantidos”, o que foi dado a todas as seleções nacionais, apenas para participar da fase de grupos. Isso somou aos 2 milhões que foram ganhos simplesmente pela qualificação para a copa do mundo.
Os números oficiais asseguram que as equipes receberão um adicional de US $12 milhões para jogar as oitavas de final, 18 milhões para as quartas de final; a equipe que terminar em quarto lugar ganhará 25 milhões, o terceiro 30 milhões, o vice-campeão 40 milhões e o campeão 50 milhões de dólares. São quase 1 bilhão que serão distribuídos entre os 32 países classificados, 29% a mais do que o que foi distribuído na copa do mundo passada, a Rússia 2018.
O anúncio dá uma pausa a Ramón Jesurum, presidente da Federação Colombiana de Futebol, e ao conselho de administração desse órgão, que nos últimos dias estava sendo identificado como um dos responsáveis pelo fracasso da Seleção Colombiana de Futebol, na última rodada.
Corria o boato de que alguns dos principais clubes do país não os apoiavam ou mesmo procuravam outros candidatos para esses cargos gerenciais, mas, coincidentemente, há duas semanas foram ratificados por mais 4 anos, quase por unanimidade, apenas Emilio Gutiérrez, presidente do Atlético Nacional, votou contra.
É impressionante que a reeleição dos diretores ocorra enquanto as investigações estão sendo realizadas, pela Superintendência da Indústria e Comércio, sobre o escândalo da revenda de cédulas para a fase de qualificação da Copa do Mundo 2018 na Rússia. Ramón Jesurum, Elkin Arce e Álvaro González foram sancionados financeiramente pela SIC, totalizando 16 bilhões de pesos.
O dinheiro dado pela FIFA, sem dúvida, aliviará o impacto econômico de não se classificar para a copa do mundo, uma vez que havia se tornado habitual a FCF receber essa receita, tendo se classificado para as duas últimas edições, em 2014 e 2018.
Mesmo, parece que quem mais ganhou com essa visita ao Catar foi o presidente Jesurum, que foi apontado como o principal membro do Conselho Mundial da FIFA, que é a instituição mais importante do mais alto órgão do futebol mundial.
A Federação Colombiana de Futebol não é a única que perdeu dinheiro, embora tenha ajudado, o comércio nacional também calculou as perdas econômicas devido ao fato de a seleção não competir na copa do mundo. De acordo com um relatório da Federação Nacional de Comerciantes, Fenalco, a economia do país será afetada na venda de artigos esportivos, bebidas alcoólicas e tecnologia, perdendo mais de 5 bilhões de pesos que poderiam ter entrado em novembro e dezembro deste ano.
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