O Conselho de Administração da Ecopetrol durará 4 anos

A decisão foi anunciada na reunião presencial da Assembléia Geral da petrolífera, realizada em Bogotá

Foto de archivo. Entrada al campo de Castilla de Ecopetrol en Castilla La Nueva, en el departamento del Meta, Colombia, 26 de junio, 2018. REUTERS/Luisa González

Por decisão unânime, a Assembleia de Acionistas da Ecopetrol endossou o novo mandato do conselho de administração, que vai de dois a quatro anos.

Este acordo foi o produto da primeira reunião presencial dessa assembléia após dois anos de ausência. O anúncio foi feito em Corferias, Bogotá.

Para o presidente da petrolífera estatal, Felipe Bayón, essa determinação é a melhor, dado que a Ecopetrol será capaz de manter sua estratégia de expansão de portfólio de longo prazo, especialmente a transição energética e a sustentabilidade por meio de investimentos que aumentarão com o tempo.

“Nesse sentido, acreditamos e estamos convencidos de que a estabilidade do conselho de administração é essencial. Temos que pensar que em um negócio como esse há uma curva de aprendizado e muitas habilidades são necessárias”, disse Bayón em declarações coletadas pelo jornal EL HERALDO, Barranquilla.

Ele também ressaltou que esse alargamento vai transcender períodos políticos que podem influenciar sua formação: “Devemos nos adaptar a todos os desafios e nos adaptar como eles fazem em diferentes partes do mundo, e de alguma forma poder continuar trabalhando nessa implantação da estratégia 2040".

A proposta recebeu o voto de confiança de 95,61% dos acionistas que participaram do evento.

Depois disso, a Assembléia de Acionistas da petrolífera endossou um pagamento de dividendos de $280 para cada ação ordinária.

Esta notícia vem depois que o presidente da Ecopetrol, Felipe Bayón, confirmou que a empresa está esperando para receber a licença ambiental para um segundo projeto de pesquisa abrangente piloto na Colômbia.

O pedido de licenciamento ambiental para o segundo projeto-piloto chamado Platero foi apresentado em 15 de fevereiro junto à autoridade ambiental. “Esses pilotos são importantes porque permitem que o país decida de forma informada, com dados, com ciência e tecnologia, com o trabalho com as comunidades, se o país quer ou não fraturar, se quer ou não usar essa tecnologia para fazer mais reservas”, disse o presidente da Ecopetrol durante a Assembleia Geral de Acionistas em Bogotá.

Este Projeto Piloto de Pesquisa Abrangente (PPII), seria promovido pela Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH) e pela petrolífera norte-americana ExxonMobil e estaria localizado na bacia sedimentar do Vale do Médio Magdalena. Segundo a entidade estatal, o projeto El Platero terá um investimento de 53 milhões de dólares. Da mesma forma, “7% serão alocados ao conteúdo local dentro da seção de fornecimento de bens e serviços”, disse a Ecopetrol.

Com este novo projeto, haveria dois projetos-piloto de pesquisa que a Ecopetrol realizaria no país, com o objetivo de fornecer informações para que o governo possa tomar uma decisão sobre se essa técnica de exploração de petróleo bruto deve eventualmente ser desenvolvida no país. A Aliança de Fracking Livre da Colômbia espera apresentar pela quarta vez perante o Congresso da República, após 20 de julho, um projeto de lei para proibir o fracking na Colômbia.

Como é sabido, em 25 de março, a ANLA concedeu a licença ambiental para o primeiro projeto piloto chamado Kale, localizado em Puerto Wilches, Santander. O que vem após o anúncio é esperar que a decisão seja definitiva, uma vez que organizações civis já anunciaram recursos judiciais para reverter a permissão da autoridade ambiental.

Isso foi confirmado por Carlos Andrés Santiago, da Aliança de Fracking Livre da Colômbia, que lidera o movimento que se opõe ao fracking no país. “Vamos apresentar recursos de oposição, embora acreditemos que os acordos que a Ecopetrol fez com a ANLA é que isso sairá se ou se, de modo que o recurso de reabastecimento será desfavorável para nós”, disse.

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